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Reiteradas vendas pressionam as cotações do Café, afirma IEA
A
elevação da taxa SELIC anunciada pelo Comitê de Política Monetária (COPOM) na
última quarta-feira do mês de abril, já antecipada pelos operadores do mercado
de juros futuros, alavancou as expectativas dos agentes quanto aos valores dos
contratos envolvendo a taxa de juros básicos da economia negociados com
vencimentos em 2015 e em datas posteriores, especialmente aqueles
transacionados a partir da segunda quinzena do mês, informa o Instituto de
Economia Agrícola (IEA/Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do
Estado de São Paulo.
Houve
mudança no patamar das curvas médias semanais do mercado de dólar futuro
negociado na BM&F-Bovespa. Na posição média de junho de 2015, os contratos
eram negociados a R$3,24/US$, baixando para R$2,98 na média da quinta semana,
ou seja, valorização do real de 8,02%, revelando que os agentes de mercado
responderam à alta dos juros básicos desfazendo-se de contratos de câmbio
futuro, afirma Celso Luís Vegro, pesquisador do IEA.
“No
mais importante cinturão cafeeiro do Estado de São Paulo, a Alta Mogiana de
Franca, a média do preço diário para o café cereja descascado, recebido pelos
cafeicultores, foi de R$491,56/sc. Comparativamente ao registrado em Nova York
na média das cotações da última semana de abril, em segunda cotação, de
US$¢140,00/lbp equivaleria a R$556,91/sc. conversão considerando a cotação do
dólar futuro em igual semana e posição (R$3,01/US$)”, ressalta Vegro. A
possibilidade de arbitrar vantagem na contratação de hedge não seria
conveniente, considerando que existe aplicação de deságio para a origem
brasileira.
A intensa
volatilidade que se observa nas cotações futuras do café afastou,
aparentemente, os agentes desse mercado, especialmente entre os fundos e
grandes investidores. Diante das oscilações baixistas nas cotações, o movimento
prevalecente foi o de venda de contratos, o que pode ter até contribuído para
quedas ainda mais intensas nessas cotações. Todavia, os agentes reconhecem
relativo exagero nesse movimento, diminuindo as posições vendidas. Confirma-se,
assim, que o mercado está atuando sem referências firmes quanto ao cenário
futuro de oferta, demanda e a necessidade de mobilização de estoques.
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Nara Guimarães
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www.iea.sp.gov.br
Data de Publicação: 14/05/2015
Autor(es): Nara Guimarães (naraguimaraes@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor