Artigos
Pesquisador do IEA aponta otimismo do mercado futuro do Café
Em
fevereiro, os agentes atuantes no mercado de juros da BM&F-Bovespa anteviam
possibilidade de nova majoração na taxa de juros básico da economia (SELIC), o
que de fato ocorreu. Assim, a média semanal dos contratos de juros futuros
operou com alta entre a primeira e a terceira semana do mês, exibindo ligeiro
recuo a quarta, afirma Celso Luís Vegro, pesquisador do Instituto de Economia
Agrícola (IEA/Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de
São Paulo.
“A
cotação do café na Bolsa de Nova York, em fevereiro de 2015, para o vencimento
em setembro de 2015, contabilizou média de US$¢164,26/lbp, representando
R$542,38 (descontado o deságio médio de qualidade do produto brasileiro de
12%). Considerando-se que o preço médio a vista do café em Franca, Estado de
São Paulo, foi de R$467,58/sc. em fevereiro de 20152, tem-se valor
positivo de R$74,80/sc. para aquele que contratou hedge do café na Bolsa de
Nova York e do dólar na BM&F, ambos para vencimento em setembro de 2015,
comenta Vegro.
O bom
volume de precipitações, ocorrido em fevereiro sobre os principais cinturões
produtores de arábica no Brasil, desencadeou percepção por parte dos
investidores de que possa haver recuperação da safra 2015/16. Esse fator,
associado à aproximação do término do inverno no Hemisfério Norte e ao forte
ritmo de embarques, tanto do Brasil quanto de outros competidores no mercado
mundial, provocou o movimento baixista observado no mês.
Na bolsa
londrina, os negócios com café robusta oscilaram bastante ao longo das quatro semanas
de fevereiro, com as três primeiras em alta e a última em acentuada baixa. O
incremento das cotações do robusta, associado à queda nas do arábica, tornou
mais conveniente aos importadores alterar a composição das ligas com elevação
do conteúdo de arábica, motivando em parte a desvalorização no robusta.
A posição
semanal dos contratos futuros de café arábica exibiu movimento típico do
chamado “efeito manada”. Na primeira semana de fevereiro, os fundos e grandes
investidores detinham posição líquida de 10.185 contratos, declinando para
1.139 na última semana do mês. Aparentemente, esses investidores estão muito
confiantes na quantidade de café que será colhida no Brasil, algo temerário,
tendo em vista que as lavouras floresceram ainda sob prevalência da anomalia
climática de 2014/janeiro de 2015.
Para ler o
artigo na íntegra e consultar os gráficos e tabela, clique aqui.
Mais
informações:
Nara Guimarães
Assessora de Imprensa
Tel: (11) 5067-0498
naraguimaraes@sp.gov.br
Data de Publicação: 13/03/2015
Autor(es): Nara Guimarães (naraguimaraes@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor