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Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro de Janeiro de 2015
Em janeiro de 2015 as exportações do Estado de São Paulo1
somaram US$ 3,17 bilhões (23,1% do total nacional) e as importações2,
US$ 5,69 bilhões (33,7% do total nacional), registrando um déficit de US$ 2,52 bilhões.
Em relação a janeiro de 2014, o valor das exportações paulistas diminuiu 18,1%
e o das importações 26,4%, com redução do déficit comercial (-34,7%) (Figura 1). Comparando-se janeiro
de 2015 com o mesmo mês de 2014, as exportações paulistas caíram mais (-18,1%) do
que as exportações brasileiras (-14,5%); nas importações, o decréscimo O agronegócio3 paulista apresentou exportações decrescentes
(-13,2%), atingindo US$ 1,31 bilhão, e as importações também tiveram decréscimo
(-14,5%), somando US$ 0,47 bilhão, resultando em queda de 12,5% no saldo
comercial em relação ao primeiro mês de 2014, atingindo US$ 0,84 bilhão (Figura
2). Há que se destacar que as importações paulistas nos demais
setores - exclusive o agronegócio - somaram US$ 5,22 bilhões para exportações
de US$ 1,86 bilhão, gerando um déficit externo desse agregado de US$ 3,36
bilhões. Assim, conclui-se que o déficit do comércio exterior paulista só não foi
maior devido ao desempenho do agronegócio estadual, cujo saldo manteve-se
positivo. A participação das exportações do agronegócio paulista no
total do Estado aumentou 2,3 pontos percentuais, e a participação das
importações cresceu 1,2 ponto percentual, na comparação do mês de janeiro de 2015
com o de 2014 (Figura 3). A balança comercial brasileira registrou déficit de US$ 3,18
bilhões em janeiro de 2015, com exportações de US$ 13,70 bilhões e importações
de US$ 16,88 bilhões. O decréscimo do déficit comercial ocorreu em função de queda
nas exportações (-14,5%) inferior à das importações (-16,0%) (Figura 4). Em janeiro de 2015 as exportações do agronegócio brasileiro diminuíram
3,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior, atingindo US$ 5,64 bilhões (41,2%
do total). Já as importações do setor caíram 15,1%, também em comparação com o mês
de janeiro de 2014, somando US$ 1,24 bilhão (7,3% do total). O superávit do
agronegócio em janeiro de 2015 foi de US$ 4,40 bilhões, sendo 0,2% inferior ao
do mesmo mês no ano passado (Figura 5). Portanto, o déficit do comércio exterior brasileiro só não foi
muito maior devido ao desempenho do agronegócio, uma vez que os demais setores,
com exportações de US$ 8,06 bilhões e importações de US$ 15,64 bilhões,
produziram no mês um déficit de US$ 7,58 bilhões. A participação do agronegócio nos totais do País aumentou em
termos das exportações (+4,6 pontos percentuais) e manteve-se inalterada com
relação às importações (Figura 6). A participação paulista no total da balança comercial
brasileira caiu em termos das exportações (-1,0 ponto percentual) e também no
tocante às importações (-4,8 pontos percentuais) (Figura 7). Em relação ao agronegócio brasileiro, as exportações
setoriais de São Paulo no mês de janeiro de 2015 representaram 23,2%, ou seja, 2,5
pontos percentuais a menos que no primeiro mês de 2014, enquanto as importações
representaram 37,9%, percentual superior ao verificado no ano passado (+0,2
ponto percentual) (Figura 8). _______________________________________________ 1Estado produtor (Unidade da Federação exportadora),
para efeito de divulgação estatística de exportação, é a Unidade da Federação
onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais ou
fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o
estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de
fabricação para que o produto adote sua forma final. 2Estado importador
(Unidade da Federação importadora) é definido como a Unidade da Federação do
domicílio fiscal do importador. 3Os grupos de produtos
dos agronegócios podem ser vistos em: <http://www.agricultura.gov.br/portal/page/portal/Internet-MAPA/pagina-inicial/
servicos-e-sistemas/sistemas/agrostat> Palavras-chave: agronegócios, balança
comercial, exportações, importações.
Data de Publicação: 13/02/2015
Autor(es): José Roberto Vicente (jrvicente@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor