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Agricultura não é a vilã da crise hídrica, afirma pesquisador do IEA
A recente
e crescente escassez hídrica seja para abastecer a população ou para produzir
energia e alimentos está na ordem do dia. Praticamente todas as análises e
especulações sobre esse fenômeno colocam a agricultura como uma das grandes
responsáveis, já que é apontada como voraz consumidora de água da sociedade. O
debate técnico pode demonstrar que a Agricultura não só não é a responsável
pela atual crise, mas uma das esperanças de saída, afirma Eduardo Pires
Castanho, pesquisador do Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta) da
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
No artigo
intitulado “Aquonegócio”, o pesquisador inicia a discussão afirmando que não se
pode confundir Agropecuária com Agronegócio, sendo que este
último se constitui de uma relação de produção, referente à cadeia produtiva
agropecuária e florestal, e não as grandes empresas desses setores. Para
demonstrar a importância do setor, o pesquisador lembra que o agronegócio
representa de 25% a 30% do PIB brasileiro e, no comércio exterior, as cadeias
produtivas ligadas ao agronegócio exportaram em 2013, perto de US$100 bilhões e
importaram US$17 bilhões, incluindo até feijão, gerando um saldo de US$83
bilhões.
Ao propor
uma discussão técnica sobre a utilização da água na produção de alimentos,
descrevendo o processo através do qual a água é retirada da natureza, utilizada
e devolvida ao meio ambiente, o quanto o desmatamento e a poluição prejudicam esse
ciclo, o autor absolve o setor de ser o grande responsável pelos problemas que
a região Sudeste apresenta. Segundo ele, tudo que é irrigado tem um consumo de
água muito grande. O que não é irrigado possui um consumo relativamente baixo
de água. Isso, entretanto, não quer dizer que essa água “fique” no produto.
Toda planta precisa de água, como os humanos, porém, essa água é utilizada e
volta para o ciclo.
E conclui,
“longe de ser a vilã na questão da água, a Agropecuária é perfeitamente
sustentável do ponto de vista hídrico, e é a grande produtora de água para
outros usos sociais, não sendo, de modo algum, fator de escassez de água. É um
verdadeiro “aquonegócio”, pelo qual não existe nenhuma remuneração!”.
Para ler o
artigo, clique aqui ou acesse o
site: www.iea.sp.gov.br.
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informações:
Nara Guimarães
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naraguimaraes@sp.gov.br
Data de Publicação: 03/02/2015
Autor(es): Nara Guimarães (naraguimaraes@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor