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Setor Agropecuário reduz a emissão de gases de efeito estufa
Segundo
estimativas do Observatório do Clima, em 2013, o Brasil foi o quarto maior
emissor mundial (7%) de gases que contribuem para o aquecimento da temperatura
média da Terra, atrás apenas da China (11%), da União Européia (8,2%) e dos
Estados Unidos (7,7%), informa o Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta) da
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Mais
informações:
“A
redução de 35% nas emissões de poluentes derivados da queima de resíduos
agrícolas no Estado de São Paulo foi impulsionada por marcos regulatórios
implementados para o setor sucroalcooleiro: a Lei n. 11.241/2002 e o Protocolo
Agroambiental, um acordo de intenções firmado, em 2007, entre o governo do
Estado de São Paulo e entidades representativas do setor”, afirmam
Silene Freitas e Ana Maria Amaral, pesquisadoras do IEA. O acordo baseia-se no
cumprimento de exigências e metas de erradicação da queima da palha da
cana-de-açúcar em troca de uma certificação Selo Verde, a qual comprova que o
açúcar e o álcool são originados de uma matéria prima produzida de forma
sustentável, ou seja, com práticas de conservação do solo e da água e sem a
queima da palha.
A pecuária
de corte responde pela maior parte das emissões de GEE decorrentes da
fermentação entérica. Conforme dito, esse processo é inerente à digestão dos
ruminantes e pode ser compensado pela recuperação de pastagens degradadas. O
declínio de 22,8% das emissões provenientes da fermentação entérica no Estado
de São Paulo decorre da redução de 30,0% no plantel de bovinos. Nota-se que
houve redução no número de hectares com pastagem cultivada e uma tendência à
estabilidade nas áreas de pastagem degradada.
O declínio
na criação de bovinos e na área de pastagem cultivada não é visto com bons
olhos para a economia paulista. Uma estratégia para minimizar esses problemas
exige maiores esforços nas políticas setoriais de incentivos à integração
lavoura-pecuária (ILP), uma vez que essa técnica pode reverter os efeitos
econômicos decorrentes do declínio do plantel paulista, concomitantemente à
redução das emissões dos poluentes causados pela fermentação entérica,
proporcionando mais diversidade à agropecuária paulista.
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Nara Guimarães
Assessora de Imprensa
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naraguimaraes@sp.gov.br
Data de Publicação: 12/12/2014
Autor(es): Nara Guimarães (naraguimaraes@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor