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Pesquisadoras avaliam o Banco CEAGESP de Alimentos
Bancos
de Alimentos são programas destinados a arrecadar, selecionar, processar (ou
não), armazenar e distribuir produtos alimentícios considerados inadequados à
comercialização, mas sem restrição de caráter sanitário e próprios para o
consumo. Os alimentos são repassados a instituições da sociedade civil, sem
fins lucrativos, que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade alimentar,
informa o Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta) da Secretaria de
Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. O
Banco CEAGESP de Alimentos é abastecido por produtos, que foram descartados na
comercialização, doados por produtores e permissionários e, esporadicamente,
por empresas do entorno do Entreposto e instituições públicas, esclarecem as
pesquisadoras Priscilla Fagundes, Katia Nachiluk e Rosana Pithan, do
IEA e Lenise Mondini, do Instituto de Saúde e Alessandra Figueiredo, assistente
executivo do CEAGESP. “Os alimentos apreendidos, antes de serem encaminhados
para a doação, aguardam um prazo em torno de 24 horas (salvo verduras e flores,
cujo prazo é de 12 horas) para regularização. Essa regularização depende do
motivo da apreensão, mas, na maioria dos casos, é necessário que se pague uma
multa. Na maioria das vezes os alimentos doados são aqueles em que o valor da
multa supera o valor da mercadoria, ou ainda quando o responsável pela
mercadoria não consegue regularizar a situação no prazo estipulado, afirmam
as autoras do artigo.
O Banco
também pode contar com doações feitas por instituições públicas, embora estas
sejam esporádicas. No caso da Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab), os produtos são provenientes de compras que
a Companhia faz do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do governo
federal, e são doados para Banco CEAGESP, sendo basicamente farinhas e grãos.
Após a
triagem dos produtos e da determinação de sua perecibilidade, a equipe do Banco
identifica o número de entidades que podem ser beneficiadas e entra em contato
para que possam fazer a retirada no mesmo dia ou no dia seguinte. O público
atendido é oriundo de instituições sem fins lucrativos como hospitais, casas
de recuperação, asilos, abrigos, creches, núcleos socioeducativos, associações
de moradores de bairros, cooperativas, outros bancos de alimentos, prefeituras
e organizações não governamentais (ONGs).
No
período de nove anos, a doação de alimentos cresceu de 446,28 t para 2.306,84 t
ao Banco CEAGESP. Mas, alguns entraves foram detectados: baixa participação
dos permissionários; pequeno número de veículos que impedem uma maior captação
dos produtos doados; e desperdício ocasional pela falta de aviso em caso de a
entidade não poder retirar o alimento.
Para
ampliar a captação de produtos há necessidade de maior mobilização e
conscientização dos permissionários do Entreposto, gerando esforços na busca de
recursos externos que possam maximizar a coleta e a distribuição dos produtos
no intuito do cumprimento de sua missão, ressaltam as autoras do artigo.
O artigo
está disponível na edição de julho/agosto da revista Informações Econômicas.
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informações:
Nara Guimarães
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Tel: (11) 5067-0498
naraguimaraes@sp.gov.br
Data de Publicação: 03/11/2014
Autor(es): Nara Guimarães (naraguimaraes@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor