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Produção e Vendas de Máquinas Agrícolas em Queda, Afirma IEA
O
mercado de máquinas agrícolas automotrizes exibiu, no primeiro semestre de
2014, acentuada queda no total das vendas (-18%), frente à igual período do ano
anterior, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta) da
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Nos primeiros
seis meses do ano, foram produzidas 40.407 máquinas agrícolas, representando
7.970 máquinas a menos que a quantidade contabilizada no primeiro semestre de
2013. Tanto as vendas para o mercado interno quanto às exportações declinaram,
empurrando para baixo o desempenho do segmento.
O
declínio do mercado de máquinas agrícolas, aparentemente, não afetou o número
de postos ocupados nas montadoras, pois, no primeiro semestre de 2014, houve
contratação de 113 novos funcionários, totalizando 20.869 empregados. “Em
contrapartida, dificilmente a receita cambial repetirá os US$3,55 bilhões
contabilizados em 2013, pois, entre janeiro e junho de 2014, ela foi de apenas
US$1,53 bilhão. Tradicionalmente, o mercado externo para máquinas agrícolas
automotrizes brasileiras é concentrado no bloco de países que compõem o
Mercosul e alguns poucos países africanos. A crise econômica instalada na
Argentina, principal destino das exportações brasileiras, puxou as vendas para
baixo, afirmam Celso Vegro e Célia Roncato Ferreira, pesquisadores do IEA
responsáveis pelo artigo.
As
quantidades comercializadas mais expressivas são esperadas para o segundo
semestre do ano, coincidindo com o plantio da safra de verão no Centro-Sul.
Porém, o arrefecimento do mercado no princípio de 2014, após recorde de
produção e vendas em 2013, dificilmente recuperará as vendas mensais para
patamares acima das 6 mil maquinas ao mês.
Considerando
as vendas por unidade da federação, o Estado de São Paulo permanece líder na
demanda por máquinas agrícolas automotrizes, representando 17,7% desse mercado,
seguido pelo Paraná (15,4%), Rio Grande do Sul (15,3%) e Minas Gerais (10,7%).
Esses quatro estados concentram, aproximadamente, 60% das vendas para o mercado
interno. Tão logo ocorra a recuperação econômico/financeira do segmento
sucroenergético, as vendas em São Paulo deverão se distanciar ainda mais dos
demais estados, uma vez que, no boom vivenciado no segmento entre 2006 e
2007, o mercado paulista representou 36% do total de vendas internas.
A
permanente renovação da frota de máquinas agrícolas é elemento sine qua non
na estratégia de incremento da competitividade dos cultivos e criações
nacionais, pois vigora a tendência de substituição de máquinas de menor
potência por equipamentos maiores, de menor custo operacional e melhor
desempenho em campo, otimizando as tarefas com redução de custos.
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Nara Guimarães
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naraguimaraes@sp.gov.br
Data de Publicação: 03/09/2014
Autor(es): Nara Guimarães (naraguimaraes@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor