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APTA gera R$ 11,80 para a sociedade a cada R$ 1,00 que recebe para pesquisa
Para
o balanço econômico e social foram selecionadas 41 tecnologias já adotadas
pelos setores de produção
Por
Carla Gomes (MTb 28156) e Fernanda Domiciano
A
Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) elabora, pela primeira
vez, o balanço social e econômico de suas pesquisas agropecuárias. O resultado,
apesar de esperado, surpreende: a cada um R$ 1,00 investido nos seis Institutos
de Pesquisa da APTA e os 14 Polos Regionais, tem-se o retorno de R$ 11,80. As
informações estão na publicação /Ciência Agropecuária Paulista: Pesquisa e
inovação gerando produtividade e qualidade de vida/, que será apresentada ao
público durante a Agrishow 2014. O objetivo da obra é dar retorno aos diversos
investidores
da pesquisa paulista, como o Governo do Estado de São Paulo, as agências de
fomento e a iniciativa privada, além de informar também à sociedade em geral
sobre os benefícios proporcionados pela ciência que estão incorporados no
cotidiano. A APTA é ligada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São
Paulo.
O
período considerado é de 2010 a 2013, quando foram destinados R$ 1,072 bilhão à
APTA, sendo 77% dos recursos provenientes do Governo do Estado de São Paulo,
14% da iniciativa privada e 6,7% das agências de fomento estaduais e federais.
O retorno econômico anual da APTA foi estimado em cerca de R$ 3,2 bilhões no
período 2010-2013. "Selecionamos 41 tecnologias já adotadas pelos setores
de produção para essa análise, mas há muitos outros pacotes tecnológicos ainda
não dimensionados, o que nos leva a afirmar que o impacto da pesquisa paulista
é seguramente maior", afirma Orlando Melo de Castro, Coordenador da APTA.
Os cálculos foram feitos segundo metodologia desenvolvida pela Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Na
publicação são apresentadas 41 pesquisas realizadas pelo Instituto Agronômico
(IAC), de Campinas, Instituto Biológico (IB), Instituto de Economia Agrícola
(IEA), Instituto de Pesca (IP), Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL),
Instituto de Zootecnia (IZ), além das unidades de pesquisa da APTA Regional. A
publicação é dividida em 12 capítulos: Todo dia é dia de..., Matéria-prima que
nasce no campo, Sanidade animal, Vocação regional, agregação de valor e nichos
de mercado, Alimentos biofortificados, Modernização da indústria nacional,
Segurança e saúde do trabalhador, Transferência de tecnologia e capacitação de
pessoas, Informações valiosas, Internacionalização, Retorno social e
Metodologia dos cálculos.
A
publicação traz em suas 164 páginas informações sobre tecnologias para pequenos
produtores, como a limpeza do vírus que atacava hortênsias. A tecnologia gerada
pela APTA, por meio do IAC e do IB, resultou em qualidade que dobrou o valor
das plantas no mercado. O consumidor voltou a adquirir hortênsia azul com a
beleza conhecida e os produtores da Associação dos Floricultores da Região da
Via Dutra (Aflord) atingiram o objetivo de recuperar o negócio. Com a
tecnologia da APTA, eles comercializam cerca de 800 mil vasos de hortênsias por
ano, todos provenientes de matrizes sadias, rendendo R$ 8 milhões anuais,
aproximadamente.
Informações
sobre o desenvolvimento e transferência de tecnologia para produtores de
cogumelos também estão na publicação, assim como os pacotes tecnológicos para
os setores liderados por São Paulo, como cana, carne e citros. Tem também
inovações que modernizaram a indústria de chocolates e de bebidas, com o
desenvolvimento da garrafa para uso exclusivo de cerveja, e os sistemas que
proporcionaram ganhos de peso e redução de tempo de abate de bovinos. A leitura
deixa clara a determinante presença da ciência agropecuária paulista na
diversidade do agro São Paulo e também nos segmentos em que a liderança é
paulista. Além das informações dos pesquisadores, produtores rurais,
associações e parceiros foram ouvidos pela APTA. É o caso do Grupo Raízen,
Cacau Show, Inmetro, Arysta LifeScience, Camil e até mesmo o chef de cozinha,
Alex Atala, que serve no D.O.M. o arroz preto IAC 600.
APTA
é a maior instituição estadual de pesquisa no Brasil e a segunda maior do País
Em 2013,
1.531 projetos de pesquisa estiveram em desenvolvimento na APTA, nas áreas de
agroexportação, grãos e fibras, proteína animal, hortícolas e agronegócios
especiais, desenvolvimento regional, políticas públicas e bens de capital e
informações.
Só em
2013 foram produzidos 386 mil quilos de sementes básicas, destinadas à
multiplicação comercial para o atendimento da demanda dos agricultores. Esses
materiais levaram à obtenção de altas produtividades nas lavouras, associadas a
ganhos de qualidade na produção final. A APTA tem cerca de 220 normas e
procedimentos laboratoriais certificados ou acreditados com a ISO 17025. É a
instituição de pesquisa líder nesse quesito. De 2010 a 2013, foram realizadas
mais de 1,2 milhão de análises laboratoriais. Só em 2013, foram feitas 290 mil
análises.
A
publicação completa pode ser acessada no
link:http://www.apta.sp.gov.br/revista_apta/apta_2014.php.
Mais
informações:
Fernanda Domiciano
Assessoria de Imprensa da APTA
Tel: (19) 2137-0616/0613
Data de Publicação: 30/04/2014
Autor(es): Nara Guimarães (naraguimaraes@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor