Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro de Janeiro a Novembro de 2013

De janeiro a novembro de 2013 as exportações do Estado de São Paulo1 somaram US$ 51,58 bilhões (23,3% do total nacional) e as importações2, US$ 83,35 bilhões (37,6% do total nacional), registrando um déficit de US$ 31,77 bilhões. Em relação a janeiro-novembro de 2012, o valor das exportações paulistas diminuiu 5,2% e o das importações aumentou 15,3%, com elevação do déficit comercial (+77,7%) (Figura 1). Comparando-se janeiro a novembro de 2013 com igual período de 2012, a queda nas exportações paulistas (-5,2%) ficou acima da média brasileira (-0,7%), enquanto que, nas importações, o acréscimo em São Paulo (+15,3%) foi maior do que no Brasil (+7,7%). Assim, na conjunção dos desempenhos das exportações e importações, o déficit da balança comercial paulista registrou aumento de 77,7%, enquanto que a balança comercial brasileira, superavitária no período de janeiro a novembro de 2012, passou a apresentar ligeiro déficit (US$ 0,09 bilhão).

 

 

O agronegócio3 paulista apresentou exportações crescentes (+3,9%), atingindo US$ 19,33 bilhões, enquanto que as importações tiveram maior acréscimo (+7,6%), somando US$ 5,65 bilhões, resultando em elevação de 2,4% no saldo comercial em relação aos onze primeiros meses de 2012, atingindo US$ 13,68 bilhões (Figura 2).

 

 

Há que se destacar que as importações paulistas nos demais setores - exclusive o agronegócio - somaram US$ 77,70 bilhões para exportações de US$ 32,25 bilhões, gerando um déficit externo desse agregado de US$ 45,45 bilhões. Assim, conclui-se que o déficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho do agronegócio estadual, cujo saldo manteve-se positivo.

 

A participação das exportações do agronegócio paulista no total do Estado avançou 3,3 pontos percentuais, enquanto a participação das importações diminuiu 0,5 ponto percentual na comparação do período janeiro-novembro de 2013 com o de 2012 (Figura 3).


 

A balança comercial brasileira registrou pequeno déficit, de US$ 0,09 bilhão de janeiro a novembro de 2013, com exportações de US$ 221,33 bilhões e importações de US$ 221,42 bilhões. O saldo comercial negativo - ao contrário do ano anterior - ocorreu em função de queda nas exportações (-0,7%) e aumento nas importações (+7,7%) (Figura 4).


De janeiro a novembro de 2013 as exportações do agronegócio brasileiro cresceram 5,6% em relação a igual período do ano anterior, atingindo US$ 93,58 bilhões (42,3% do total). Já as importações do setor aumentaram 4,0%, também na comparação com o período de janeiro a novembro de 2012, somando US$ 15,69 bilhões (7,1% do total). O superávit do agronegócio em janeiro-novembro de 2013 foi de US$ 77,89 bilhões, sendo 5,9% superior ao do mesmo período do ano passado (Figura 5).

 


 

Portanto, o déficit do comércio exterior brasileiro só não foi muito maior devido ao desempenho do agronegócio, uma vez que os demais setores, com exportações de US$ 127,75 bilhões e importações de US$ 205,73 bilhões, produziram no período um déficit de US$ 77,98 bilhões.

 

A participação do agronegócio nos totais do País aumentou em termos das exportações (+2,5 pontos percentuais) e diminuiu com relação às importações (-0,2 ponto percentual) (Figura 6).


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A participação paulista no total da balança comercial brasileira caiu em termos das exportações (-1,1 ponto percentual) e subiu no tocante às importações (+2,4 pontos percentuais) (Figura 7).



Em relação ao agronegócio brasileiro, as exportações setoriais de São Paulo no período janeiro-novembro de 2013 representaram 20,7%, ou seja, 0,3 ponto percentual a menos que nos onze primeiros meses de 2012, enquanto as importações representaram 36,0%, percentual superior ao verificado no ano passado (+1,2 ponto percentual) (Figura 8).

 

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1Estado produtor (Unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é a Unidade da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua forma final.

2Estado importador (Unidade da Federação importadora) é definido como a Unidade da Federação do domicílio fiscal do importador.

3Os grupos de produtos dos agronegócios podem ser vistos em: <http://www.agricultura.gov.br/portal/page/portal/Internet-MAPA/pagina-inicial/ servicos-e-sistemas/sistemas/agrostat>

 

Palavras-chave: agronegócios, balança comercial, exportações, importações.





Data de Publicação: 11/12/2013

Autor(es): José Roberto Vicente (jrvicente@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor