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Preço médio de terra agrícola de primeira sobe 38,13% em SP, para R$ 8,4 mil
O preço médio de terra agrícola de primeira aumentou 38,13%, para R$ 8.419,12 o hectare, no Estado de São Paulo no período de um ano, entre novembro de 2002 e o mesmo mês do ano passado. A informação é do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), a partir de levantamento feito em conjunto com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), ambos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Para ver as tabelas completas, clique aqui. José Venâncio de Resende
Este aumento é bem superior aos índices de inflação e às aplicações financeiras. No mesmo período, o IPCA foi de 11,02%, o IGP-M de 12,09 % e o índice de preços recebidos pelos agricultores (IPR) de apenas 3,08%. Já o retorno das aplicações financeiras em fundo de investimento foi de 25%, em média. 'Assim, a valorização das terras foi mais fruto da instabilidade financeira vivida pelo País no período de setembro de 2002 a julho de 2003, quando se observou uma corrida para os ativos reais, incluindo investimentos em terras, o que elevou seus preços', afirma Nelson Martin, diretor do IEA.
O maior aumento no preço da terra de primeira (166,67%) foi verificado na região (Escritório de Desenvolvimento Rural) de Itapeva, para R$ 6.611,57 o hectare, em função de maior procura por novas áreas para o cultivo da soja na região. Outros resultados expressivos foram observados nas regiões de Jaú (81,07%, para R$ 10.537,19 o hectare), Avaré (67,83%, para R$ 6.646,00 o hectare), Marília (64,14%, para R$ 7.024,79 o hectare) e Sorocaba (63,68%, para R$ 5.624,43 o hectare). Em termos nominais, destacam-se as regiões de Mogi Mirim (R$ 16.115,70 o hectare), Campinas (R$ 16.012,40), Jaboticabal (R$ 15.309,92), Orlândia (R$ 13.946.28), Ribeirão Preto (R$ 13.406,79) e Barretos (R$ 13,039,49).
Para a terra agrícola de segunda, foi apurado o preço médio estadual de R$ 6.474,83, o que significa aumento de 37,79%, igualmente acima da inflação. Também na região de Itapeva ocorreu o maior aumento (130,77%), para R$ 4.958,68 o hectare. Um pouco abaixo aparece a região de Ribeirão Preto, com 93,35% (para R$ 11.260,33 o hectare).
No caso da terra de pastagem, o preço médio estadual teve acréscimo de 37,09%, para R$ 5.099,67 o hectare. A região de Itapeva chegou a apresentar aumento de 160,87%, para R$ 4.132,23 o hectare.
O preço médio da terra para reflorestamento aumentou 33,66% no período, para R$ 3.634,88 o hectare. Não foi muito diferente para a terra de campo, cujo preço médio estadual evoluiu 33,35%, para R$ 3.358,89 o hectare.
Já o aluguel de pasto no Estado apresentou variação positiva de 17,22%, para R$ 9,80 por cabeça/mês. O maior aumento (61,20%) foi na região de Sorocaba, para R$ 12,56.
Data de Publicação: 29/03/2004
Autor(es): José Venâncio De Resende Consulte outros textos deste autor