Preços Agropecuários Fecham o Mês de Abril em Queda de 0,78%

No período, 10 produtos apresentaram alta de preços. Os destaques são banana nanica, batata e algodão. As carnes de frango e suína, milho, arroz e soja apresentaram as maiores baixas.

O IqPR – Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista encerrou o mês de abril em queda de 0,78%, de acordo com levantamento do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. Os produtos que registraram as maiores altas foram: banana nanica (60,92%), batata (11,84%), algodão (7,52%), laranja para mesa (6,37%) e tomate para mesa (5,82 %).

O clima desfavorável para as culturas da banana nanica e batata influenciou nas altas. No caso do algodão, o apetite da indústria têxtil, por reforçar seus estoques e as expectativas de redução da produção mundial e da área plantada, alavancaram os preços recebidos pelos cotonicultores, afirmam os pesquisadores Danton Leonel de Camargo Bini, Eder Pinatti e José Alberto Angelo, autores do artigo.

Os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços neste mês foram: carne de frango (20,64%), carne suína (12,50%), milho (10,94%), arroz (10,79%) e soja (5,13%).

Para as carnes de frango e suína, a redução do consumo no período e a diminuição das exportações resultaram na queda dos preços pagos aos produtores. No caso do milho, uma previsão de colheita maior da safrinha no Brasil, uma expectativa de recomposição dos estoques com a boa oferta norte-americana e a diminuição do consumo chinês, fruto da gripe aviária, reduziram os preços recebidos pelos produtores.

Acumulado do ano

Na evolução dos últimos 12 meses, os índices apresentaram comportamentos altistas, fundamentados principalmente nas maiores elevações dos produtos animais. O comportamento dos preços agropecuários paulistas é fortemente influenciado pelo preço da cana-de-açúcar. Quando se exclui esse produto do cálculo, ainda que o índice continue seguindo a mesma tendência, as oscilações se dão em maiores proporções, tanto para cima como para baixo. Assim, no acumulado, os índices sem a cana registram altas bem superiores: 18,56% para o IqPR e 23,92% para os produtos vegetais, puxados principalmente pelo tomate e a batata, esclarecem os pesquisadores.

Apresentaram aumentos em patamares mais elevados que a inflação acumulada para os últimos 12 meses, medida pelo IPCA-IBGE (6,49%): tomate para mesa (508,44%), batata (179,73%), trigo (51,64%), algodão (33,47%), ovos (32,18%), carne suína (30,25%), arroz (27,38%), carne de frango (20,82%) e laranja para mesa (7,42%).  Em menor expressão variaram também positivamente: soja (3,37%), carne bovina (3,30%), leite B (2,78%), amendoim (2,53%), milho (2,51%) e leite C (1,09%).
Apresentaram reduções de preços os seguintes produtos café (21,85%), cana-de-açúcar (5,78%) e banana nanica (0,29%).

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Nara Guimarães
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Data de Publicação: 15/05/2013

Autor(es): Nara Guimarães (naraguimaraes@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor