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Preços Agropecuários mantêm tendência de alta no fechamento do mês de março
De abril a setembro de 2012, o IqPR
manteve a tendência de alta, em virtude de reajustes como os do arroz, feijão,
batata e soja. Já nos meses de outubro e novembro, ancorados pela desvalorização
da laranja e inversão nos preços da soja, o índice apresentou ligeira queda. Em
dezembro, volta a ter ascensão, devido ao reajuste da demanda ocasionada pela
maior circulação monetária com o 13º salário. Após estabilização em janeiro,
elevam-se novamente em fevereiro e março/13 com as altas dos produtos
perecíveis. Assim, de março de 2012 a março de 2013, puxado principalmente pelos
produtos animais, o IqPR no acumulado tem alta de 8,34%.
O comportamento dos preços
agropecuários paulistas é fortemente influenciado pelo preço da cana-de-açúcar.
Quando se exclui esse principal produto da agropecuária paulista, ainda que o
índice continue seguindo as mesmas linhas de tendências para o IqPR e IqPR-V
(vegetais), as oscilações nos índices são em maiores proporções, tanto para cima
como para baixo. Assim, no acumulado, o índice, sem a cana, registra alta bem
superior: 21,19%, puxados principalmente pelo tomate e a batata, e com exceção
do café, os grãos também contribuíram para alta do índice.
Manifestaram preços com incrementos em
patamares mais elevados que a inflação acumulada para os últimos 12 meses,
medida pelo IPCA-IBGE: tomate para mesa (302,57%), batata (263,32%), trigo
(59,67%), carne de frango (51,02%), ovos (39,17 %), arroz (38,51%), carne suína
(32,38%), feijão (26,97%), algodão (21,05%), soja (19,34%) Em menor expressão
variaram também positivamente: milho (6,55%), laranja para mesa (5,15%), carne
bovina (3,11%), leite B (2,65%) e amendoim (1,62%) (Tabela 2).
Apresentaram reduções de preços os
seguintes produtos: banana nanica (27,40%), café (25,60%), cana-de-açúcar
(5,36%) e leite C (1,46%) (Tabela 2).
O Índice Quadrissemanal de
Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista – IqPR encerrou o mês de
março em alta de 0,44%, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola
(IEA-Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. Os
produtos que registraram as maiores altas no período foram: laranja para mesa
(24,51%), batata (18,64%), banana nanica (17,89%), feijão (10,79%), algodão
(9,75%) e tomate para mesa (9,43 %).
A escassez de laranja de qualidade e o aumento da
demanda com o fim das férias escolares, associados à menor concorrência com
final de safra de outras frutas típicas do verão, propiciaram o reajuste nos
preços recebidos pelos citricultores, afirmam os pesquisadores Danton Leonel de
Camargo Bini, Eder Pinatti e José Alberto Angelo.
Para a batata, os preços são influenciados pela demanda
derivada dos hábitos de consumo da semana-santa. A banana nanica recuperou, em
parte, os preços que estavam muito baixos entre os meses de janeiro e fevereiro.
A maior demanda com o início das aulas escolares contribuiu para esta
valorização.
No caso do
tomate para mesa, as chuvas geraram perdas na colheita, com impacto conjuntural
no abastecimento do produto, elevando seus preços.
Os produtos que apresentaram as maiores quedas de
preços neste mês foram: amendoim (19,19%), carne suína (6,61%), leite C (5,48%)
e carne de frango (5,32%).
Os bons preços do mês de fevereiro aceleraram a
colheita da safra recorde de amendoim, colocando assim uma quantidade muito
grande do produto no mercado que, consequentemente, reduziu os preços recebidos
pelos produtores.
Para a
carne suína e carne de frango, a redução do consumo no período - os preços altos
na concepção dos consumidores associado ao período da quaresma, resultou na
queda dos preços pagos aos produtores.
Acumulado dos últimos 12 meses
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Mais informações:
Instituto de Economia Agrícola
Nara Guimarães
Assessora de Imprensa
Tel: (11) 5067-0498
Data de Publicação: 08/04/2013
Autor(es): Nara Guimarães (naraguimaraes@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor