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Preços Agropecuários encerram janeiro em queda de 0,24%
Para batata, o final da colheita na região de Itapeva,
associado às fortes chuvas que prejudicaram a produção provocaram o aumento do
preço do produto. No tomate para mesas, as chuvas geraram perdas de colheita,
com impacto conjuntural no abastecimento do produto, elevando seus preços,
esclarecem Luis Henrique Perez, Danton Leonel de Camargo Bini, Eder Pinatti e
José Alberto Angelo.
No
caso do trigo, as quebras na última safra, principalmente no Hemisfério Norte e
Argentina, e a valorização do dólar em 2012 elevaram os preços recebidos pelos
produtores do grão, colocando-o como opção ao milho safrinha nas regiões
produtoras em 2013. Estes aumentos já estão sendo repassados no preço da farinha
de trigo e consequentemente ao consumidor final pelas panificadoras.
A firme demanda pelo algodão no
mercado internacional puxada pelos anseios de ampliação dos estoques oficiais
chineses e a maior necessidade de compra do produto pelas indústrias têxteis
foram fundamentais para o reajuste dos preços recebidos pelos cotonicultores
neste começo de ano.
De
acordo com os pesquisadores, os produtos que apresentaram as maiores quedas de
preços foram: banana nanica (-21,01%), soja (-12,92 %) e amendoim (-7,64 %).
Para a banana, o clima quente e
chuvoso acelerou a oferta do produto, ao mesmo tempo em que a demanda diminuiu
com a concorrência de outras frutas de época (verão), provocando a redução do
preço do produto.
No caso
da soja, a perspectiva de safra recorde no Brasil, que deve ultrapassar a
produção dos Estados Unidos, e a execução de vendas antecipadas por parte dos
produtores apresentam a expectativa de uma grande quantidade do produto no
mercado em 2013. É importante enfatizar, contudo, que em comparação com o mesmo
período do ano anterior os preços atuais estão aproximadamente 40% maiores. A
liberação de estoques de amendoim superou a demanda, provocando a redução dos
seus preços.
Evolução
dos últimos 12 meses
Após as quedas de janeiro de 2012, causadas
principalmente pela redução nos preços do tomate para mesa, o IqPR e o IqPR-V
(índice de produtos vegetais) apresentaram ascensões quase ininterruptas entre
março e setembro de 2012 em virtude de reajustes como os do arroz, feijão,
batata e soja. Já nos meses de outubro e novembro, ancorados pelas
desvalorizações das laranjas e da inversão nos preços da soja, o IqPR-V cai
quase 6%. Em dezembro, estes índices voltam a ter ascensões devido ao aumento da
demanda ocasionada pela maior circulação monetária com o 13º salário. Assim, de
janeiro de 2012 a janeiro de 2013, puxado principalmente pelos produtos animais
(IqPR-A), o IqPR tem alta de 4,42%. Já o IqPR-V, bastante influenciado pela
queda da cana-de-açúcar nesse mesmo intervalo (- 5,45%), fecha com queda de
1,61%.
No caso dos produtos
animais, o IqPR-A acumulado nos últimos 12 meses registrou alta de 22,16%; o que
se vê nesse período é um desempenho com oscilações. Após queda do índice em
janeiro puxada pelo recuo dos preços das carnes, nos meses de março e abril de
2012 houve recuperação deste indicador com as valorizações dos leites, ovos e
carne de frango. Em maio há nova queda, ancorada pela desvalorização dos ovos
pós-quaresma e em junho e julho, com o descarte excessivo de aves poedeiras e a
baixa reposição de pintinhos nas avícolas, ovos e carne de frango movimentaram
para o alto o IqPR-A. Com a elevação dos custos da ração animal, as carnes suína
e de frango incentivaram em grande intensidade a significativa elevação do
índice em agosto e setembro de 2012. De outubro a dezembro a elevação do índice
continua puxada principalmente pela carne suína, seguidas dos ovos e carne de
frango.
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Nara Guimarães
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www.iea.sp.gov.br
Data de Publicação: 08/02/2013
Autor(es): Nara Guimarães (naraguimaraes@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor