Preços Agropecuários fecham novembro em queda De 1,58%

Em novembro, 10 produtos apresentaram alta de preços. Carne suína, milho e ovos são os destaques do período. Em sentido contrário encontram-se laranja, batata, soja e café, produtos que acumularam as maiores baixas.

O IqPR – Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista encerrou o mês de novembro em queda de 1,58%, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. Os produtos que registraram as maiores altas foram: carne suína (5,97%), milho (5,30%) e ovos (4,72%).


Segundo os pesquisadores Luis Henrique Perez, Danton Leonel de Camargo Bini, Eder Pinatti e José Alberto Angelo, no caso da carne suína, o aumento nos volumes de cevados, direcionados ao mercado internacional, aliado ao aumento de consumo típico deste período do ano, melhoraram os preços recebidos pelos suinocultores.

Exportações recordes de milho nos meses de outubro e novembro, visando atender a forte demanda internacional, associadas a desvalorização do real, provocaram a elevação dos preços do grão estocado pelos produtores paulistas, afirmam os pesquisadores.

Temperaturas muito elevadas, ocorridas no final do inverno (agosto e setembro) provocaram a mortalidade de elevado número de aves poedeiras. Some-se a isto, a elevação dos preços do milho (impactando o custo da ração) estimulou a elevação geral dos preços dos produtos animais.

Os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços neste mês foram: laranja para indústria (14,39%), batata (13,65%), soja (11,51%), café (5,78%) e laranja para mesa (5,39%).

A queda nos preços da laranja para indústria pode ser atribuída à oferta, que, nesse momento, é superior à compra pelas indústrias.

A produtividade da batata voltou ao normal, melhorando a oferta e levando, consequentemente à queda nos preços, quando comparados ao período anterior, afetados pelo forte calor do fim de inverno.

Para a soja, a divulgação de valores maiores para a safra norte-americana do produto pelo USDA/USA, além da expectativa da boa produção no mercado interno influenciaram a redução das cotações.

A queda nos preços do café parece corresponder à redução nas cotações das principais bolsas internacionais, houve grande volume de vendas para realização de lucros sobre valorização anterior.


Acumulado do ano

Nos últimos 12 meses todos os índices acumularam altas. O IqPR anual valorizou 3,18%. Desconsiderando a cana-de-açúcar, que no período teve variação negativa de 4,47%, o índice apresentou aumento significativo e fechou o acumulado dos últimos 12 meses em 10,29%.

Em síntese, na comparação de novembro/2011 com novembro/2012, em um universo de 20 produtos pesquisados, 11 apresentaram variação positiva, enquanto 9 produtos tiveram variação negativa. Tiveram incrementos, em patamares mais elevados que a inflação acumulada para os últimos 12 meses, batata (86,84%), soja (61,20%), arroz (60,02%), feijão (44,91%), trigo (27,94%), carne de frango (25,01%), ovos (23,46%), carne suína (22,65%) e milho (9,57%). Eventos climáticos, em diferentes partes do planeta, incluindo os ocorridos no país, comprometeram safras que diminuíram os estoques e a oferta de várias commodities alimentares. Tais eventos foram a principal contribuição para a elevação dos preços destes produtos nos últimos 12 meses. Em menor expressão variaram também positivamente o leite B (1,17%) e o leite C (0,28%).

Apresentaram reduções de preços os seguintes produtos: laranja para mesa (42,48%), banana nanica (31,27%), laranja para indústria (31,31%), café (26,06%), tomate para mesa (20,72%), amendoim (11,05%), algodão (6,65%), carne bovina (5,37%) e cana-de-açúcar (4,47%).

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Instituto de Economia Agrícola
Nara Guimarães
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Data de Publicação: 06/12/2012

Autor(es): Nara Guimarães (naraguimaraes@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor