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Balança Comercial dos Agronegócios Paulistas e Brasileiros do Primeiro Bimestre de 2012
No
Primeiro Bimestre de 2012, as exportações do Estado de São Paulo1
somaram US$7,78 bilhões (22,8% do total nacional) e as
importações2, US$12,44 bilhões (36,9% do total nacional),
registrando um déficit de US$4,66 bilhões. Em relação ao mesmo período de 2011,
o valor das exportações paulistas cresceu 4,6% e o das importações, 9,2%, com
significativa elevação do déficit comercial (+18,0%) (Figura 1). Comparando-se o
primeiro bimestre de 2012 com o mesmo período de 2011, o aumento das exportações
paulistas (4,6%) ficou abaixo da média brasileira (6,9%), enquanto que nas
importações, o acréscimo também foi maior no Brasil (11,2%) do que em São Paulo
(9,2%). Assim, na conjunção dos desempenhos das exportações e importações, o
saldo da balança comercial paulista teve aumento do déficit enquanto que o da
brasileira apresentou saldos positivos.
Figura 1 - Balança Comercial, Estado de São Paulo, primeiro bimestre de 2012.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
Os
agronegócios paulistas apresentaram exportações estagnadas, atingindo US$2,58
bilhões; as importações tiveram acréscimo de 12,7%, somando US$1,69 bilhão,
resultando em redução de 17,6% no saldo comercial em relação ao primeiro
bimestre de 2011, atingindo US$0,89 bilhão3 (Figura 2). Há que se
destacar que as importações paulistas nos demais setores - exclusive os
agronegócios - somaram US$10,75 bilhões para exportações de US$5,20 bilhões,
gerando um déficit externo desse agregado, de US$ 5,55 bilhões. Assim,
conclui-se que o déficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido
ao desempenho dos agronegócios estaduais, cujos saldos ainda se mantiveram
positivos mesmo que decrescentes.
Figura 2 - Balança Comercial dos Agronegócios Estado de São Paulo, primeiro bimestre de 2012.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
A
participação das exportações dos agronegócios paulistas no total do Estado
recuou 1,5 pontos percentuais enquanto a participação das importações aumentou
0,4 ponto na comparação do primeiro bimestre de 2011 com o mesmo período de 2012
(Figura 3).
Figura 3 - Participação dos Agronegócios na Balança Comercial, Estado de São Paulo, primeiro bimestre de 2012.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
A
balança comercial brasileira registrou superávit de US$0,42 bilhão do primeiro
bimestre de 2012, com exportações de US$34,17 bilhões e importações de US$33,75
bilhões. Com isso houve expressiva queda no saldo comercial (-73,6%), em função
do aumento das exportações (6,9%) menor do que a elevação das importações
(11,2%) (Figura 4). Os maiores preços internacionais das commodities neste
início de 2012 beneficiaram as vendas externas brasileiras.
Figura 4 - Balança Comercial, Brasil, primeiro bimestre de 2012.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
No
primeiro bimestre de 2012, as exportações dos agronegócios brasileiros cresceram
12,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo US$ 12,36 bilhões
(36,2% do total). Já as importações do setor elevaram-se em 9,1%, também em
comparação com o primeiro bimestre de 2011, somando US$ 4,78 bilhões (14,2% do
total). O superávit dos agronegócios do Primeiro Bimestre de 2012 foi de US$7,58
bilhões4, sendo 14,5% superior ao do mesmo período do ano anterior
(Figura 5). Portanto, o desempenho dos agronegócios sustentou a balança
comercial brasileira, uma vez que os demais setores, com exportações de US$
21,81 bilhões e importações de US$ 28,97 bilhões, produziram no período um
déficit de US$ 7,16 bilhões.
Figura 5 - Balança Comercial dos Agronegócios, Brasil, primeiro bimestre de 2012.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
As
participações dos agronegócios nos totais do País aumentaram em termos das
exportações (+1,8 ponto percentual) e recuaram com relação às importações (-0,2
ponto percentual) (Figura 6).
Figura 6 - Participação dos Agronegócios na Balança Comercial, Brasil, primeiro bimestre de 2012.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
A
participação paulista no total da balança comercial brasileira caiu em termos
das exportações (-0,5 ponto percentual) e também no tocante às importações (-0,6
ponto percentual) (Figura 7).
Figura 7 - Participação da Balança Comercial Paulista no Total do Brasil, primeiro bimestre de 2012.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
Em
relação aos agronegócios brasileiros, as exportações setoriais de São Paulo no
primeiro bimestre de 2012 representaram 20,9%, ou seja, 2,6 pontos percentuais a
menos que no mesmo período em 2011, enquanto as importações representaram 35,4%,
sendo 1,2 ponto percentual superior à verificada no ano passado (Figura
8).
Figura 8 - Participação do Agronegócio Paulista no Brasileiro, Balança Comercial, primeiro bimestre de 2012.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
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1Estado produtor (Unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é a Unidade da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua forma final.
2Estado importador (Unidade da Federação importadora) é definido como a Unidade da Federação do domicílio fiscal do importador.
3Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit dos agronegócios paulistas foi de US$ 1,14 bilhão.
4Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit dos agronegócios brasileiros foi de US$ 8,78 bilhões.
Palavras-chave: agronegócios, balança comercial, exportações, importações.
Data de Publicação: 27/03/2012
Autor(es):
José Roberto Vicente (jrvicente@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
José Sidnei Gonçalves (sydy@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor