Os agronegócios paulistas apresentaram exportações decrescentes (-5,5%), atingindo US$1,20 bilhão, enquanto que as importações tiveram acréscimo (16,2%), somando US$0,86 bilhão, resultando em redução de 35,8% no saldo comercial em relação a janeiro de 2011, atingindo US$0,34 bilhão³ (Figura 2). Há que se destacar que as importações paulistas nos demais setores - exclusive os agronegócios - somaram US$5,48 bilhões para exportações de US$2,47 bilhões, gerando um déficit externo desse agregado, de US$ 3,01 bilhões. Assim, conclui-se que o déficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho dos agronegócios estaduais, cujos saldos ainda se mantiveram positivos mesmo que decrescentes.
 

            A participação das exportações dos agronegócios paulistas no total do Estado recuou 5,4 pontos percentuais enquanto a participação das importações aumentou 0,5 ponto percentual na comparação de janeiro de 2011 com o mesmo mês de 2012 (Figura 3).
 

            A balança comercial brasileira registrou déficit de US$1,29 bilhão em janeiro de 2012, com exportações de US$16,14 bilhões e importações de US$17,43 bilhões. Com isso houve reversão do saldo comercial (de positivo para negativo), em função do aumento das exportações (6,1%) menor do que a elevação das importações (17,6%) (Figura 4). Nestes termos, os impactos da valorização cambial afetam diretamente as transações comerciais nacionais com outras nações.
 

            Em janeiro de 2012, as exportações dos agronegócios brasileiros cresceram 12,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior, atingindo US$6,06 bilhões (37,5% do total). Já as importações do setor elevaram-se em 16,4%, também em comparação com janeiro de 2011, somando US$2,63 bilhões (15,1% do total). O superávit dos agronegócios de janeiro de 2012 foi de US$3,43 bilhões⁴, sendo 9,9% superior ao do mesmo mês no ano anterior (Figura 5). Portanto, o desempenho dos agronegócios reduziu o déficit da balança comercial brasileira, uma vez que os demais setores, com exportações de US$ 10,08 bilhões e importações de US$14,80 bilhões, produziram no período um déficit de US$ 4,72 bilhões.
 

            As participações dos agronegócios nos totais do País cresceram de forma expressiva em termos das exportações (+2,1 pontos percentuais) e mostram pequeno recuo com relação às importações (+0,1 ponto percentual) (Figura 6).
 

            A participação paulista no total da balança comercial brasileira caiu em termos das importações (-1,7 ponto percentual) e elevou–se no tocante às exportações (0,8 ponto percentual) (Figura 7).
 

            Em relação aos agronegócios brasileiros, as exportações setoriais de São Paulo em janeiro de 2012 representaram 19,8%, ou seja, 3,8 pontos percentuais a menos que no mesmo mês em 2011, enquanto as importações representaram 32,7%, o mesmo patamar verificado no ano passado (Figura 8).
 

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¹Estado produtor (Unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é a Unidade da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua forma final.
 

²Estado importador (Unidade da Federação importadora) é definido como a Unidade da Federação do domicílio fiscal do importador.
 

³Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit dos agronegócios paulistas foi de US$0,50 bilhão.
 

⁴Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit dos agronegócios brasileiros foi de US$4,19 bilhões.
 

Palavras-chave: agronegócios, balança comercial, exportações, importações.