De janeiro a novembro de 2011, as exportações do Estado de São Paulo¹ somaram US$54,66 bilhões (23,4% do total nacional) e as importações²_, US$75,76 bilhões (36,4% do total nacional), registrando um déficit de US$21,10 bilhões. Em relação ao mesmo período de 2010, o valor das exportações paulistas cresceu 15,4% e o das importações, 21,8%, com significativa elevação do déficit comercial (+42,0%) (Figura 1). Comparando-se janeiro a novembro de 2011 com o mesmo período de 2010, o aumento das exportações paulistas (15,4%) ficou abaixo da média brasileira (29,2%), enquanto que nas importações, o acréscimo também foi maior no Brasil (25,1%) do que em São Paulo (21,8%). Assim, na conjunção dos desempenhos das exportações e importações, o saldo da balança comercial paulista teve aumento do déficit enquanto que o da brasileira apresentou saldos positivos crescentes.
 

            Os agronegócios paulistas também apresentaram exportações crescentes (14,9%), atingindo US$21,47 bilhões, enquanto que as importações tiveram maior acréscimo (31,2%), somando US$9,59 bilhões, com aumento de 4,5% no saldo comercial em relação a janeiro a novembro de 2010, atingindo US$11,88 bilhões³ (Figura 2). Há que se destacar que as importações paulistas nos demais setores - exclusive os agronegócios - somaram US$66,17 bilhões para exportações de US$33,19 bilhões, gerando um déficit externo desse agregado, de US$32,98 bilhões. Assim, conclui-se que o déficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho dos agronegócios estaduais, cujos saldos mantiveram-se positivos.
 

            A participação das exportações dos agronegócios paulistas no total do Estado teve redução de 0,1 ponto percentual enquanto a participação das importações aumentou 1,0 ponto percentual na comparação de janeiro a novembro de 2011 com o mesmo período de 2010 (Figura 3).

            A balança comercial brasileira registrou superávit de US$25,97 bilhões de janeiro a novembro de 2011, com exportações de US$233,91 bilhões e importações de US$207,94 bilhões. Com isso houve aumento no saldo comercial (75,4%), em função do crescimento das exportações (29,2%) maior do que a elevação das importações (25,1%) (Figura 4). Nestes termos, os maiores preços internacionais das commodities em 2011 beneficiaram as vendas externas brasileiras.
 

            De janeiro a novembro de 2011, as exportações dos agronegócios brasileiros cresceram 24,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo US$91,41 bilhões (39,1% do total). Já as importações do setor elevaram-se em 40,7%, também em comparação com janeiro a novembro de 2010, somando US$30,22 bilhões (14,5% do total). O superávit dos agronegócios de janeiro a novembro de 2011 foi de US$61,19 bilhões⁴, sendo 17,5% superior ao do mesmo período do ano anterior (Figura 5). Portanto, o desempenho dos agronegócios sustentou a balança comercial brasileira, uma vez que os demais setores, com exportações de US$ 142,50 bilhões e importações de US$177,72 bilhões, produziram no período um déficit de US$ 35,22 bilhões.
 

            As participações dos agronegócios nos totais do País recuaram em termos das exportações (-1,5 ponto percentual) e aumentaram com relação às importações (1,6 ponto percentual) (Figura 6).
 

            A participação paulista no total da balança comercial brasileira caiu em termos das exportações (-2,8 pontos percentuais) e também no tocante às importações (-1,0 ponto percentual) (Figura 7).

            Em relação aos agronegócios brasileiros, as exportações setoriais de São Paulo de janeiro a novembro de 2011 representaram 23,5%, ou seja, 1,9 ponto percentual a menos que no mesmo período em 2010, enquanto as importações representaram 31,7%, sendo 2,3 pontos percentuais inferior à verificada no ano passado (Figura 8).

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¹Estado produtor (Unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é a Unidade da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua forma final.

²Estado importador (Unidade da Federação importadora) é definido como a Unidade da Federação do domicílio fiscal do importador.

³Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit dos agronegócios paulistas foi de US$14,27 bilhões.

⁴Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit dos agronegócios brasileiros foi de US$71,38 bilhões.

Palavras-chave: agronegócios, balança comercial, exportações, importações.