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Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro no Primeiro Semestre de 2011
                    
               
No primeiro semestre de 2011, as exportações1 do Estado de São Paulo 
somaram US$ 27,09 bilhões (22,9% do total nacional), e as 
importações2, US$ 39,64 bilhões (37,6% do total nacional), 
registrando déficit de US$ 12,55 bilhões. Em relação ao primeiro semestre do ano 
de 2010, o valor das exportações paulistas cresceu 16,4% e o das importações, 
27,4%, aumentando em 60,1% o déficit comercial (Figura 1). O aumento nas 
exportações paulistas (+16,4%), comparando-se os primeiros seis meses de 2011 e 
2010, ficou abaixo do crescimento médio brasileiro (+32,6%). Nas importações 
também ocorreu menor acréscimo em São Paulo (+27,4%) do que no Brasil (+29,6%) 
revelando maior rigidez das aquisições externas paulistas. Assim, na conjunção 
das performances das exportações e importações, o déficit da balança 
comercial paulista aumentou (+60,1%), enquanto o superávit da brasileira 
apresentou expressivo incremento (+64,3%). 
  
  
Figura 1 - Balança Comercial, Estado de São Paulo, primeiro semestre, 2010 e 2011
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
 
            
Os agronegócios paulistas apresentaram exportações crescentes (+14,2%), 
atingindo US$ 9,92 bilhões, enquanto as importações cresceram 36,8%, somando US$ 
4,91 bilhões, com saldo de US$ 5,01 bilhões, 1,8% inferior que o do primeiro 
semestre do ano de 2010 (Figura 2). Em função disso, há que se destacar que as 
importações paulistas nos demais setores - exclusive os agronegócios - somaram 
US$ 34,73 bilhões para exportações de US$ 17,17 bilhões, gerando um déficit 
externo desse agregado, de US$ 17,56 bilhões no primeiro semestre de 2011. 
Assim, conclui-se que o comércio exterior paulista seria bem mais deficitário 
não fosse o desempenho dos agronegócios estaduais. 
  
  
Figura 2 - Balança Comercial dos Agronegócios, Estado de São Paulo, Primeiro semestre, de 2010 e 2011

Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            
Detalhando a balança comercial dos agronegócios paulistas, verifica-se que as 
cadeias de produção apresentaram saldos comerciais crescentes quando se compara 
o primeiro semestre de 2010 (US$ 5,69 bilhões) com o de 2011 (US$ 6,13 bilhões). 
Esses indicadores são menores quando se considera toda amplitude das transações 
setoriais, cujo saldo recua de US$ 5,10 bilhões nos primeiros seis meses de 2010 
para US$ 5,01 bilhões em igual período de 2011. Esse resultado deriva da 
elevação do déficit na balança comercial de bens de capital e insumos, de US$ 
0,59 bilhão em 2010 para US$ 1,12 bilhão em 2011 (Tabela 1). Os bens de capital 
e insumos são fundamentais para a modernidade da produção nacional, notadamente 
os fertilizantes nos quais têm elevada dependência externa. Entretanto, na 
maioria das vezes não são considerados nas análises do comércio exterior 
setorial, levando a saldos superestimados. 
  
Tabela 1 - Estado de São Paulo - Detalhamento da Balança Comercial dos Agronegócios, Primeiro semestre de 2010 e 2011
| 
       ( US$ 
      bilhão)  | |||||||||||
| 
       Cadeias de Produção  | 
    
       Bens de Capital e Insumos  | 
    
       Agronegócios  | |||||||||
| 
       Ano  | 
    
       Exp.  | 
    
       Imp.  | 
    
       Saldo  | 
    
       Exp.  | 
    
       Imp.   | 
    
       Saldo  | 
    
       Exp.  | 
    
       Imp.   | 
    
       Saldo  | ||
| 
       2010  | 
    
       8,28  | 
    
       2,59  | 
    
       5,69  | 
    
       0,41  | 
    
       1,00  | 
    
       -0,59  | 
    
       8,69  | 
    
       3,59  | 
    
       5,10  | ||
| 
       2011  | 
    
       9,48  | 
    
       3,35  | 
    
       6,13  | 
    
       0,44  | 
    
       1,56  | 
    
       -1,12  | 
    
       9,92  | 
    
       4,91  | 
    
       5,01  | ||
            
Os cinco principais agregados de cadeias de produção nas exportações dos 
agronegócios paulistas no primeiro semestre de 2011, foram: cana e sacarídeas 
(US$ 3,52 bilhões), bovídeos – bovinos (US$ 1,44 bilhão), frutas (US$ 1,14 
bilhão), produtos florestais (US$ 1,12 bilhão) e cereais, leguminosas e 
oleaginosas (US$ 714,97 milhões). Esses cinco agregados representam 80,02% das 
vendas externas setoriais paulistas (Tabela 2). 
  
  
Tabela 2 - Exportações dos Agronegócios, por Grupo de Mercadorias, São Paulo, Primeiro semestre de 2010 e 2011.
| 
       Grupos  | 
    
       2.010  | 
    
       2.011  | 
    ||||
| 
       US$ 
      milhão  | 
    
       %  | 
    
       US$ 
      milhão  | 
    
       %  | 
    
       Var 
      %  | ||
| 
       Têxteis  | 
    
       141,20  | 
    
       1,63  | 
    
       125,54  | 
    
       1,27  | 
    
       -11,09  | |
| 
       Bovídeos – bovinos  | 
    
       1.336,04  | 
    
       15,38  | 
    
       1.444,44  | 
    
       14,56  | 
    
       8,11  | |
| 
       Pescado  | 
    
       3,26  | 
    
       0,04  | 
    
       2,27  | 
    
       0,02  | 
    
       -30,45  | |
| 
       Café e estimulantes  | 
    
       374,25  | 
    
       4,31  | 
    
       630,72  | 
    
       6,36  | 
    
       68,53  | |
| 
       Cana e sacarídeas  | 
    
       3.472,11  | 
    
       39,96  | 
    
       3.515,41  | 
    
       35,45  | 
    
       1,25  | |
| 
       Frutas  | 
    
       803,69  | 
    
       9,25  | 
    
       1.140,00  | 
    
       11,50  | 
    
       41,85  | |
| 
       Olerícolas  | 
    
       9,14  | 
    
       0,11  | 
    
       14,84  | 
    
       0,15  | 
    
       62,31  | |
| 
       Flores e ornamentais  | 
    
       11,51  | 
    
       0,13  | 
    
       11,88  | 
    
       0,12  | 
    
       3,19  | |
| 
       Cereais/leguminosas/oleaginosas  | 
    
       489,59  | 
    
       5,63  | 
    
       714,97  | 
    
       7,21  | 
    
       46,03  | |
| 
       Produtos florestais  | 
    
       997,81  | 
    
       11,48  | 
    
       1.120,55  | 
    
       11,30  | 
    
       12,30  | |
| 
       Suínos e aves  | 
    
       216,97  | 
    
       2,50  | 
    
       315,16  | 
    
       3,18  | 
    
       45,26  | |
| 
       Fumo  | 
    
       1,15  | 
    
       0,01  | 
    
       1,30  | 
    
       0,01  | 
    
       13,05  | |
| 
       Agronegócios especiais  | 
    
       420,66  | 
    
       4,84  | 
    
       446,84  | 
    
       4,51  | 
    
       6,22  | |
| 
       Bens de capital e insumos  | 
    
       411,38  | 
    
       4,73  | 
    
       433,42  | 
    
       4,37  | 
    
       5,36  | |
| 
       Agronegócios  | 
    
       8.688,75  | 
    
       100,00  | 
    
       9.917,33  | 
    
       100,00  | 
    
       14,14  | |
            
Tiveram crescimento na comparação do primeiro semestre de 2011 com 2010, as 
exportações paulistas de café e estimulantes (+68,53%), olerícolas (+62,31%), 
cereais/leguminosas/oleaginosas (+46,03%), suínos e aves (+ 45,26%), frutas 
(+41,85%), fumo (+13,05%), produtos florestais (+12,30%), bovídeos – bovinos 
(+8,11%), agronegócios especiais (+6,22%), bens de capital e insumos (+5,36%), 
flores e ornamentais (+3,19%), cana e sacarídeas (+1,25%). Houve redução apenas 
em têxteis (-11,09%) e pescado (-30,45%) (Tabela 2). 
  
            
A participação das exportações dos agronegócios paulistas no total do Estado 
recuou em 0,7 ponto percentual, enquanto a participação das importações aumentou 
em 0,9 ponto percentual, na comparação dos primeiros semestres de 2010 e 2011 
(Figura 3). 
  
  
Figura 3 - Participação dos Agronegócios na Balança Comercial, Estado 
de São Paulo, Primeiro semestre de 2010 e 2011 
  
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 12,96 bilhões no 
primeiro semestre de 2011, com exportações de US$ 118,30 bilhões e importações 
de US$ 105,34 bilhões. Esse superávit que se mostra 64,3% maior que o dos 
primeiros seis meses de 2010, ocorreu em função do aumento nas exportações 
(+32,6%) superior ao das importações (+29,6%) (Figura 4). 
  
  
Figura 4 - Balança Comercial, Brasil, Primeiro Semestre de 2010 e 2011

Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            
No primeiro semestre de 2011, as exportações dos agronegócios brasileiros 
cresceram 23,1% em relação a igual período do ano anterior, atingindo US$ 44,94 
bilhões (38,0% do total). Já as importações do setor aumentaram 48,0%, também em 
comparação com os seis primeiros meses de 2010, somando US$ 15,07 bilhões (14,3% 
do total). O superávit dos agronegócios no período foi de US$ 29,87 bilhões, 
13,4% superior ao do primeiro semestre do ano anterior (Figura 5). Portanto, o 
desempenho dos agronegócios sustentou a balança comercial brasileira, uma vez 
que os demais setores, com exportações de US$ 73,36 bilhões e importações de US$ 
90,27 bilhões, produziram no período um déficit de US$ 16,91 bilhões. 
  
  
Figura 5 - Balança Comercial dos Agronegócios, Brasil, Primeiro 
semestre de 2010 e 2011 
  
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            
O detalhamento da balança comercial dos agronegócios brasileiros mostra que os 
saldos comerciais oriundos das transações externas das cadeias de produção 
aumentaram de US$ 28,71 bilhões no primeiro semestre de 2010 para US$ 34,48 
bilhões em igual período de 2011. Esses valores são maiores que os resultados 
setoriais – US$ 26,34 bilhões em 2010 e US$ 29,87 bilhões em 2011 - em função do 
crescimento do déficit da balança comercial de bens de capital e insumos de US$ 
2,37 bilhões nos primeiros seis meses de 2010 para US$ 4,61 bilhões em igual 
período de 2011 (Tabela 3), reflexo da dependência externa dos agronegócios 
brasileiros - notadamente importações de fertilizantes -, sendo que não 
considerar essas transações produz estimativas de saldos comerciais setoriais 
superestimados. 
  
  
Tabela 3 - Brasil - Detalhamento da Balança Comercial dos Agronegócios, Primeiro semestre de 2010 e 2011
| 
       (US$ 
      bilhão)  | |||||||||||
| 
       Cadeias de Produção  | 
    
       Bens de Capital e Insumos  | 
    
       Agronegócios  | |||||||||
| 
       Ano  | 
    
       Exp.  | 
    
       Imp.  | 
    
       Saldo  | 
    
       Exp.  | 
    
       Imp.   | 
    
       Saldo  | 
    
       Exp.  | 
    
       Imp.   | 
    
       Saldo  | ||
| 
       2010  | 
    
       35,46  | 
    
       6,75  | 
    
       28,71  | 
    
       1,06  | 
    
       3,43  | 
    
       -2,37  | 
    
       36,52  | 
    
       10,18  | 
    
       26,34  | ||
| 
       2011  | 
    
       43,71  | 
    
       9,23  | 
    
       34,48  | 
    
       1,23  | 
    
       5,84  | 
    
       -4,61  | 
    
       44,94  | 
    
       15,07  | 
    
       29,87  | ||
            
Em âmbito nacional, os três principais agregados de cadeias de produção nas 
exportações dos agronegócios foram: cereais/leguminosas/oleaginosas (US$ 14,73 
bilhões); cana e sacarídeas (US$5,81 bilhões), produtos florestais (US$ 4,95 
bilhões), suínos e aves (US$ 4,72 bilhões), bovídeos - bovinos (US$ 4,59 
bilhões) e café e estimulantes (US$ 4,21 bilhões). Essas cadeias totalizam 
86,80% das vendas externas dos agronegócios brasileiros (Tabela 4). 
  
            
Tiveram crescimento as exportações brasileiras de café e estimulantes (+68,13%), 
cereais/leguminosas/oleaginosas (+40,35%), olerícolas (+39,90%), frutas 
(+29,26%), suínos e aves (+23,56%), bens de capital e insumos (+16,51%), cana e 
sacarídeas (+11,40%), produtos florestais (+6,13%), bovídeos – bovinos (+5,51%), 
e agronegócios especiais (+3,14%). Recuaram flores e ornamentais (-0,08%), fumo 
(-0,69%), pescado (-2,69%) e têxteis (-19,06%) (Tabela 4). 
  
Tabela 4 - Exportações dos Agronegócios, por Grupo de Mercadorias, Brasil, Primeiro semestre de 2010 e 2011.
| 
       Grupos  | 
    
       2.010  | 
    
       2.011  | 
    ||||
| 
       US$ 
      milhão  | 
    
       %  | 
    
       US$ 
      milhão  | 
    
       %  | 
    
       Var 
      %  | ||
| 
       Têxteis  | 
    
       647  | 
    
       1,77  | 
    
       523  | 
    
       1,16  | 
    
       -19,06  | |
| 
       Bovídeos – bovinos  | 
    
       4.349  | 
    
       11,91  | 
    
       4.589  | 
    
       10,21  | 
    
       5,51  | |
| 
       Pescado  | 
    
       79  | 
    
       0,22  | 
    
       77  | 
    
       0,17  | 
    
       -2,69  | |
| 
       Café e estimulantes  | 
    
       2.504  | 
    
       6,86  | 
    
       4.209  | 
    
       9,37  | 
    
       68,13  | |
| 
       Cana e sacarídeas  | 
    
       5.221  | 
    
       14,29  | 
    
       5.816  | 
    
       12,94  | 
    
       11,40  | |
| 
       Frutas  | 
    
       1.210  | 
    
       3,31  | 
    
       1.564  | 
    
       3,48  | 
    
       29,26  | |
| 
       Olerícolas  | 
    
       70  | 
    
       0,19  | 
    
       98  | 
    
       0,22  | 
    
       39,90  | |
| 
       Flores e ornamentais  | 
    
       17  | 
    
       0,05  | 
    
       17  | 
    
       0,04  | 
    
       -0,08  | |
| 
       Cereais/leguminosas/oleaginosas  | 
    
       10.492  | 
    
       28,73  | 
    
       14.725  | 
    
       32,76  | 
    
       40,35  | |
| 
       Produtos florestais  | 
    
       4.662  | 
    
       12,76  | 
    
       4.947  | 
    
       11,01  | 
    
       6,13  | |
| 
       Suínos e aves  | 
    
       3.822  | 
    
       10,47  | 
    
       4.722  | 
    
       10,51  | 
    
       23,56  | |
| 
       Fumo  | 
    
       1.170  | 
    
       3,20  | 
    
       1.162  | 
    
       2,58  | 
    
       -0,69  | |
| 
       Agronegócios especiais  | 
    
       1.219  | 
    
       3,34  | 
    
       1.257  | 
    
       2,80  | 
    
       3,14  | |
| 
       Bens de capital e insumos  | 
    
       1.061  | 
    
       2,90  | 
    
       1.236  | 
    
       2,75  | 
    
       16,51  | |
| 
       Agronegócios  | 
    
       36.521  | 
    
       100,00  | 
    
       44.943  | 
    
       100,00  | 
    
       23,06  | |
            
As participações dos agronegócios nos totais do País recuaram 1,9 ponto 
percentual nas exportações e aumentaram 1,8 ponto percentual nas importações 
(Figura 6). 
  
  
Figura 6 - Participação dos Agronegócios na Balança Comercial, Brasil, 
Primeiro Semestre de 2010 e 2011 
  
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            
A participação paulista no total da balança comercial brasileira caiu em termos 
das exportações (-3,2 pontos percentuais) e também no tocante às importações 
(-0,7 ponto percentual) (Figura 7). 
  
  
Figura 7 - Participação da Balança Comercial Paulista no Total do 
Brasil, Primeiro semestre de 2010 e 2011 
  
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            
Em relação aos agronegócios brasileiros, as exportações setoriais de São Paulo 
no primeiro semestre de 2011 representaram 22,1%, ou seja, menos 1,7 ponto 
percentual do que em igual período de 2010, enquanto as importações 
representaram 32,6%, sendo 2,7 pontos percentuais inferior à representatividade 
verificada no mesmo período do ano anterior (Figura 8). 
  
  
Figura 8 - Participação do Agronegócio Paulista no Brasileiro, Balança 
Comercial, Primeiro semestre de 2010 e 2011 
  
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            
Nas exportações dos agronegócios paulistas, quando se compara os resultados para 
os primeiros semestres de 2010 e 2011, os produtos básicos apresentaram maior 
aumento (+40,60%), seguido dos produtos manufaturados (+14,14%), com queda dos 
semimanufaturados (-2,22%). Os produtos manufaturados apresentam a maior 
participação nas vendas externas (47,43%) totalizando US$ 4,70 bilhões no 
primeiro semestre de 2011 (Tabela 5). 
  
  
Tabela 5 - Exportações dos Agronegócios por Fator Agregado, São Paulo, Primeiro semestre de 2010 e 2011
| 
       2.010  | 
    
       2.011  | 
    |||||
| 
       Produtos  | 
    
       US$ 
      bilhão  | 
    
       %  | 
    
       US$ 
      bilhão  | 
    
       %  | 
    
       Var 
      %  | |
| 
       Básicos  | 
    
       1,75  | 
    
       20,08  | 
    
       2,45  | 
    
       24,74  | 
    
       40,60  | |
| 
       Semi-manufaturados  | 
    
       2,82  | 
    
       32,49  | 
    
       2,76  | 
    
       27,83  | 
    
       -2,22  | |
| 
       Manufaturados  | 
    
       4,12  | 
    
       47,43  | 
    
       4,70  | 
    
       47,43  | 
    
       14,14  | |
| 
       AGRONEGÓCIOS  | 
    
       8,69  | 
    
       100,00  | 
    
       9,92  | 
    
       100,00  | 
    
       14,14  | |
            
No caso dos agronegócios brasileiros, ainda que com menor perfil de agregação de 
valor em relação a São Paulo, o maior aumento também foi dos básicos (+31,53%), 
seguidos dos produtos semimanufaturados (+17,75%) e dos manufaturados (+8,66%). 
Os produtos básicos, totalizando US$ 26,18 bilhões no primeiro semestre de 2011, 
mostram a maior participação nas vendas externas setoriais (58,26%, Tabela 
6). 
  
  
Tabela 6 - Exportações dos Agronegócios por Fator Agregado, Brasil, Primeiro Semestre de 2010 e 2011
| 
       2.009  | 
    
       2.010  | 
    |||||
| 
       Produtos  | 
    
       US$ 
      bilhão  | 
    
       %  | 
    
       US$ 
      bilhão  | 
    
       %  | 
    
       Var 
      %  | |
| 
       Básicos  | 
    
       19,91  | 
    
       54,51  | 
    
       26,18  | 
    
       58,26  | 
    
       31,53  | |
| 
       Semi-manufaturados  | 
    
       7,79  | 
    
       21,32  | 
    
       9,17  | 
    
       20,40  | 
    
       17,75  | |
| 
       Manufaturados  | 
    
       8,83  | 
    
       24,17  | 
    
       9,59  | 
    
       21,34  | 
    
       8,66  | |
| 
       AGRONEGÓCIOS  | 
    
       36,52  | 
    
       100,00  | 
    
       44,94  | 
    
       100,00  | 
    
       23,06  | |
            
Esses indicadores mostram as diferenças estruturais dos agronegócios paulistas 
no contexto nacional, uma vez que 58,26% do valor das exportações brasileiras 
dos agronegócios nos primeiros seis meses do ano de 2011 corresponderam a 
produtos básicos. Em São Paulo, os produtos básicos representam apenas 24,74% e 
a participação de produtos industrializados dos agronegócios se mostra muito 
maior (75,26%), evidenciando índices superiores de agregação de valor 
(Tabelas 5 e 6). 
  
            
A quantidade exportada de produtos dos agronegócios brasileiros reduziu-se em 
2,0% no primeiro semestre de 2011, quando comparada com ao mesmo período de 
2010, enquanto a quantidade exportada pelo Estado de São Paulo recuou 9,8%. Os 
preços dos produtos exportados pelos agronegócios cresceram 25,5% em nível 
nacional e 26,6% no âmbito de São Paulo (Tabela 
7). 
  
  
Tabela 7 - Variações Percentuais dos Índices de Quantidade e de Preço das Exportações de Produtos dos Agronegócios, Brasil e Estado de São Paulo, Primeiro Semestre de 2011 em relação a igual período de 20101
| 
       Setor  | 
    
       Brasil  | 
    
       São Paulo  | |||
| 
       Quantidade  | 
    
       Preço  | 
    
       Quantidade  | 
    
       Preço  | ||
| 
       Agronegócios  | 
    
       -2,0  | 
    
       25,5  | 
    
       -9,8  | 
    
       26,6  | |
| 
       Agronegócios exc. Bens de capital/insumos  | 
    
       -2,2  | 
    
       26,0  | 
    
       -10,1  | 
    
       27,5  | |
Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            
Entre as categorias de uso, observa-se que matérias-primas e produtos 
intermediários foi o grupo predominante no primeiro semestre de 2011, 
representando 67,74% do valor total de exportações nacionais de mercadorias dos 
agronegócios. No caso do Estado de São Paulo, esse grupo tem participação que, 
embora menor (55,45% do valor total), se mostra superior à de bens de consumo 
(41,21%)(Tabela 8). 
  
  
Tabela 8 - Exportações dos Agronegócios por Categoria de Uso, Brasil e Estado de São Paulo, Primeiro Semestre de 2011
| 
       Categorias de Uso  | 
    
       Brasil  | 
    
       São Paulo  | 
    
       SP/BR  | ||||
| 
       US$ 
      mil  | 
    
       %  | 
    
       US$ 
      mil  | 
    
       %  | 
    
       %  | |||
| 
       Bens de capital  | 
    
       979.933  | 
    
       2,18  | 
    
       331.872  | 
    
       3,35  | 
    
       33,87  | ||
| 
       Bens de consumo  | 
    
       13.519.354  | 
    
       30,08  | 
    
       4.086.788  | 
    
       41,21  | 
    
       30,23  | ||
| 
       Matérias-primas e produtos intermediários  | 
    
       30.443.655  | 
    
       67,74  | 
    
       5.498.672  | 
    
       55,45  | 
    
       18,06  | ||
| 
       Agronegócios  | 
    
       44.942.942  | 
    
       100,00  | 
    
       9.917.332  | 
    
       100,00  | 
    
       22,07  | ||
____________________________________________ 
1Estado produtor (Unidade da Federação 
exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é a Unidade 
da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais 
ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o 
estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de 
fabricação para que o produto adote sua forma final. 
2Estado importador (Unidade da 
Federação importadora) é definido como a Unidade da Federação do domicílio 
fiscal do importador. 
  
  
Palavras-chave: agronegócio, balança comercial, exportações, importações.
Data de Publicação: 08/07/2011
                Autor(es): 
                José Sidnei Gonçalves (sydy@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
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