Os agronegócios paulistas também apresentaram exportações crescentes (11,4%), atingindo US$7,69 bilhões, enquanto que as importações tiveram maior acréscimo (38,0%), somando US$4,10 bilhões, resultando em redução de 8,7% no saldo comercial em relação a janeiro a maio de 2010, atingindo US$3,59 bilhões³ (Figura 2). Há que se destacar que as importações paulistas nos demais setores - exclusive os agronegócios - somaram US$28,44 bilhões para exportações de US$14,08 bilhões, gerando um déficit externo desse agregado, de US$ 14,36 bilhões. Assim, conclui-se que o déficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho dos agronegócios estaduais, cujos saldos mantiveram-se positivos.
 

            A participação das exportações dos agronegócios paulistas no total do Estado recuou apenas 1,4 ponto percentual enquanto a participação das importações aumentou 1,0 ponto na comparação de janeiro a maio de 2011 com o mesmo período de 2010 (Figura 3).
 

            A balança comercial brasileira registrou superávit de US$8,55 bilhões de janeiro a maio de 2011, com exportações de US$94,61 bilhões e importações de US$86,06 bilhões. Com isso houve aumento no saldo comercial (52,1%), em função do crescimento das exportações (31,2%) maior do que a elevação das importações (29,5%) (Figura 4). Nestes termos, os maiores preços internacionais das commodities neste início de 2011 beneficiaram as vendas externas brasileiras.
 

            De janeiro a maio de 2011, as exportações dos agronegócios brasileiros cresceram 21,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo US$35,71 bilhões (37,7% do total). Já as importações do setor elevaram-se em 46,3%, também em comparação com janeiro a maio de 2010, somando US$12,32 bilhões (14,3% do total). O superávit dos agronegócios de janeiro a maio de 2011 foi de US$23,39 bilhões⁴, sendo 11,9% superior ao do mesmo período do ano anterior (Figura 5). Portanto, o desempenho dos agronegócios sustentou a balança comercial brasileira, uma vez que os demais setores, com exportações de US$ 58,90 bilhões e importações de US$73,74 bilhões, produziram no período um déficit de US$ 14,84 bilhões.
 

            As participações dos agronegócios nos totais do País recuaram em termos das exportações (-3,0 pontos percentuais) e aumentaram com relação às importações (1,6 ponto percentual) (Figura 6).
 

            A participação paulista no total da balança comercial brasileira caiu em termos das exportações (-3,1 pontos percentuais) e também no tocante às importações (-0,6 ponto percentual) (Figura 7).
 
 

            Em relação aos agronegócios brasileiros, as exportações setoriais de São Paulo de janeiro a maio de 2011 representaram 21,5%, ou seja, 2,0 pontos percentuais a menos que no mesmo período em 2010, enquanto as importações representaram 33,3%, sendo 2,0 pontos percentuais inferior à verificada no ano passado (Figura 8).
 
 

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¹Estado produtor (Unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é a Unidade da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua forma final.
 

²Estado importador (Unidade da Federação importadora) é definido como a Unidade da Federação do domicílio fiscal do importador.
 

³Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit dos agronegócios paulistas foi de US$4,49 bilhões.
 

⁴Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit dos agronegócios brasileiros foi de US$26,99 bilhões.
 

Palavras-chave: agronegócios, balança comercial, exportações, importações.