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Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro de Janeiro a Novembro de 2009
Nos
primeiros onze meses de 2009, as exportações do Estado de São Paulo1
somaram US$38,23 bilhões (27,6% do total nacional), e as
importações2, US$45,82 bilhões (39,7% do total nacional),
registrando déficit de US$7,59 bilhões. Em relação aos primeiros onze meses do
ano de 2008, o valor das exportações paulistas recuou 27,5% e o das importações,
26,2%, reduzindo em 19,3% o déficit comercial (Figura 1). A queda nas
exportações paulistas (-27,5%), comparando-se os primeiros onze meses de 2009 e
2008, ficou acima da diminuição média brasileira (-24,8%). Nas importações
ocorreu menor redução em São Paulo (-26,2%) do que no Brasil (-28,6%) revelando
maior rigidez das aquisições externas paulistas. Assim, na conjunção das
performances das exportações e importações, em relação aos primeiros onze
meses de 2008, há redução expressiva do déficit da balança comercial paulista
(-19,3%), enquanto o superávit da brasileira apresentou
incremento(+2,3%).
Figura 1 - Balança Comercial, Estado de São Paulo, Janeiro a Novembro, de 2008 e 2009.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
Os agronegócios paulistas apresentaram exportações decrescentes (-7,8%), atingindo US$14,54 bilhões, enquanto as importações recuaram 21,0%, somando US$5,69 bilhões. Isso gerou saldo de US$8,85 bilhões3, superior (+3,3%) ao verificado nos primeiros onze meses do ano de 2008 (Figura 2). Em função disso, há que se destacar que as importações paulistas nos demais setores - exclusive os agronegócios - somaram US$40,13 bilhões para exportações de US$23,69 bilhões, gerando um déficit externo desse agregado, de US$16,44 bilhões no acumulado de janeiro a novembro de 2009. Assim, conclui-se que o comércio exterior paulista seria bem mais deficitário não fosse o desempenho dos agronegócios estaduais.
Figura 2 - Balança Comercial dos
Agronegócios, Estado de São Paulo, Janeiro a Novembro, de 2008 e
2009.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
A participação das exportações dos agronegócios paulistas no total do Estado aumentou em 8,1 pontos percentuais, enquanto a participação das importações aumentou 0,8 ponto percentual, na comparação dos primeiros onze meses de 2008 e 2009 (Figura 3).
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$23,18 bilhões de janeiro a novembro de 2009, com exportações de US$138,53 bilhões e importações de US$115,35 bilhões. Esse superávit 2,3% maior que dos primeiros onze meses de 2008 - ocorreu em função de queda nas exportações (-24,8%) inferior à das importações (-28,6%) (Figura 4).
Figura 3 - Participação dos Agronegócios
na Balança Comercial, Estado de São Paulo, Janeiro a Novembro de 2008 e
2009.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir
de dados básicos da SECEX/MDIC.
Figura 4 - Balança Comercial, Brasil, Janeiro a Novembro de 2008 e 2009.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
Nos primeiros onze meses de 2009, as exportações dos agronegócios brasileiros reduziram-se em 12,3% em relação a igual período do ano anterior, atingindo US$62,31 bilhões (45,0% do total). Já as importações do setor recuaram 31,5%, também em comparação com os onze primeiros meses de 2008, somando US$16,94 bilhões (14,7% do total). O superávit dos agronegócios em 2008 foi de US$45,37 bilhões4, 2,0% inferior ao de janeiro a Novembro do ano anterior (Figura 5). Portanto, o desempenho dos agronegócios sustentou a balança comercial brasileira, uma vez que os demais setores, com exportações de US$ 76,22 bilhões e importações de US$ 98,41 bilhões, produziram no período um déficit de US$ 22,19 bilhões.
Figura 5 - Balança Comercial dos Agronegócios, Brasil, Janeiro a Novembro de 2008 e 2009.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
As participações dos agronegócios nos totais do País cresceram 6,4 pontos percentuais nas exportações e recuaram 0,6 ponto percentual nas importações (Figura 6).
A participação paulista no total da balança comercial brasileira caiu em termos das exportações (-1,0 ponto percentual) e aumentou no tocante às importações (+1,2 ponto percentual) (Figura 7).
Em
relação aos agronegócios brasileiros, as exportações setoriais de São Paulo nos
primeiros onze meses de 2009 representaram 23,3%, ou seja, 1,1 ponto percentual
a mais que em igual período de 2008, enquanto as importações representaram
33,6%, sendo 4,5 pontos percentuais superior à representatividade verificada no
mesmo período do ano anterior (Figura 8).
Figura 6 - Participação dos Agronegócios na Balança Comercial, Brasil, Janeiro a Novembro de 2008 e 2009
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
Figura 7 - Participação da Balança Comercial Paulista no Total do Brasil, Janeiro a Novembro de 2008 e 2009.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir
de dados básicos da SECEX/MDIC.
Figura 8 - Participação do Agronegócio Paulista no Brasileiro, Balança Comercial, Janeiro a Novembro de 2007 e 2008.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
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1Estado produtor (Unidade da Federação
exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é a Unidade
da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais
ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o
estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de
fabricação para que o produto adote sua forma final.
2Estado importador (Unidade da Federação importadora) é definido como a Unidade da Federação do domicílio fiscal do importador.
3Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit dos agronegócios paulistas foi de US$10,27 bilhões.
4Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit dos agronegócios brasileiros foi de US$50,75 bilhões.
Palavras-chave: agronegócio, balança comercial, exportações, importações.
Data de Publicação: 11/12/2009
Autor(es):
José Roberto Vicente (jrvicente@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
José Sidnei Gonçalves (sydy@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor