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Defensivos agrícolas: preços continuam em queda
Os principais defensivos agrícolas comercializados no Estado de São Paulo
apresentaram queda generalizada nos preços em janeiro de 2007, nas regiões
analisadas, quando comparado com janeiro de 2006. Esse comportamento foi
verificado em todas as classes estudadas: inseticidas, acaricidas, fungicidas,
reguladores de crescimento e herbicidas (tabelas 1 a 5 ).1 Dentre os fatores que explicam esses decréscimos de preços, destaca-se principalmente o endividamento dos agricultores. ____________________
A taxa cambial também tem grande influência na formação dos preços dos defensivos agrícolas, tendo em vista a forte dependência do setor de importação de ingredientes ativos. Em janeiro de 2006, a taxa foi de 2,274 passando a 2,138 em janeiro de 2007 (decréscimo de 6,0%), valores bem abaixo dos observados nos últimos anos.2
De um total de 116 produtos pesquisados, em valores correntes, 105 produtos registraram diminuição nos preços, 1 permaneceu estável e 10 tiveram aumento. Porém, com os preços corrigidos3, apenas 5 produtos variaram positivamente (1 inseticida, 2 fungicidas e 2 herbicidas), enquanto 111 produtos apresentaram queda entre o mínimo de 0,9% e o máximo de 36,3%.
Na análise individualizada por classes, em valores corrigidos, todos os produtos pesquisados da classe dos acaricidas e dos reguladores de crescimento caíram em janeiro de 2007, em relação ao mesmo mês do ano anterior. Para os acaricidas, a menor variação registrada foi de –11,7%, chegando a um máximo de –29,5%. No caso dos inseticidas, 35 produtos tiveram decréscimo de preços entre 2,3% e 36,3% (com 22 produtos apresentando quedas maiores que 15,0%). Os fungicidas variaram negativamente entre 1,6% e 36,0% e os herbicidas, entre 0,9% e 33,9%.
Aliado à queda dos preços dos defensivos agrícolas, o melhor resultado obtido pelos preços recebidos dos principais produtos da agricultura paulista também contribuiu para uma melhoria do poder aquisitivo dos agricultores, sinalizando positivamente para o setor. Em janeiro, por exemplo, o preço médio recebido pelos produtores da cana-de-açúcar foi de R$ 42,40 por tonelada, 37,3% superior ao do mesmo mês de 2006; do milho, R$ 21,75 por saco de 60kg (acréscimo de 38,7%); e da laranja para indústria, R$ 11,84 por caixa de 40,8kg (incremento de 29,7%).4
Para acessar a série completa de preços de defensivos agrícolas no Estado de São Paulo, no período de Janeiro de 2000 a Janeiro de 2007, clique aqui ou entre no endereço abaixo: http://ciagri.iea.sp.gov.br/defensivos.aspx .
1 Os levantamentos de preços foram realizados pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), nas principais regiões produtoras do Estado de São Paulo, em janeiro de 2006 e de 2007, via correio, fax, e-mail e contato telefônico. Os preços pesquisados foram os praticados no balcão no mês em que foi efetuado o levantamento. O universo escolhido para realizar o estudo foi o conjunto de todas as firmas (revendedores e cooperativas), que comercializam defensivos, nos 18 municípios selecionados: Assis, Barretos, Bebedouro, Campinas, Cândido Mota, Guariba, Holambra, Itapetininga, Ituverava, Jaú, Mogi das Cruzes, Orlândia, Pindamonhangaba, Piracicaba, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, São Paulo e Sertãozinho.
2 SUMA ECONÔMICA. Rio de Janeiro: COP Editora Ltda., mar. 2007.
3 Os preços dos defensivos agrícolas de janeiro de 2006 foram corrigidos pelo IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para valores de janeiro de 2007.
4 Artigo registrado no CCTC-IEA sob número HP-21/2007.
Data de Publicação: 22/03/2007
Autor(es):
Célia Regina Roncato Penteado Tavares Ferreira Consulte outros textos deste autor
Maria de Lourdes Barros Camargo (mlcamargo@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
José Alberto Angelo (jose.angelo@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Benedito Barbosa de Freitas (bfreitas@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Paulo José Coelho (pjcoelho@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Talita Tavares Ferreira (taferreira@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor