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Dispêndio com acaricidas na citricultura, Brasil e Estado de São Paulo
A
comercialização de acaricidas no País movimentou US$82,8 milhões em 2005, valor
6,2% superior, em termos nominais, ao registrado em 2004 (US$78,0
milhões). Trabalho apresentado na
19a Reunião do Instituto Biológico - 19a
RAIB, realizada no Instituto Biológico, Cidade de São Paulo, no período de 05 a
09 de novembro de 2006.
O
consumo de acaricidas no Brasil está concentrado quase na sua totalidade em São
Paulo. Em 2005, o Estado respondeu por 83,7% das vendas brasileiras em
quantidade de produto comercial e representou 84,9% do faturamento dessa classe.
Isto pode ser explicado pelo fato de a citricultura ser responsável por 88,7% do
valor comercializado de acaricidas e São Paulo ser detentor de mais de 70,0% da
área colhida com laranja no País (574,5 mil hectares na safra
2005).
O
principal objetivo do trabalho foi analisar a evolução das vendas de acaricidas
para os citros no Brasil, de 1991 a 2005, a partir de dados do SINDAG,
corrigidos para 2005 pelo Consumer Prices Index, dos Estados
Unidos.
Também foram analisadas as relações de troca entre os preços recebidos pelos
produtores de laranja e uma cesta de defensivos mais utilizados, no Estado de
São Paulo, de janeiro de 2001 a agosto de 2006, utilizando-se dados do Projeto
IEA/FUNDEPAG e AENDA (até 2005), corrigidos para valores de agosto de 2006 pelo
IGP-DI da FGV. Entre as classes de defensivos, os gastos com acaricidas
representaram a maior parcela (45,3%) do total demandado pela cultura em 2005,
seguido pelos fungicidas (21,1%), inseticidas (20,0%), herbicidas (8,8%) e
outros (4,9%).
As
vendas de acaricidas para a citricultura no Brasil, que em 1991 eram de US$73,2
milhões, apresentaram tendência crescente até 1998, quando atingiu US$113,8
milhões, influenciados pela oferta de financiamento por parte das indústrias de
defensivos, favorecendo um maior uso de insumos; porém, em 1999 ocorreu uma
queda acentuada, caindo ainda mais nos dois anos seguintes, reflexos da queda
nas vendas, em quantidade, em função da desvalorização cambial, bem como da
redução no número de pés de laranja nos pomares paulistas.
Em
2002 houve uma recuperação, com aumentos gradativos até 2004 e tornando a cair
em 2005 (US$73,4 milhões), voltando ao patamar do início do
período.
No
período de janeiro a agosto de 2006, as análises das relações de troca entre os
preços da laranja e a cesta de defensivos mostraram resultados bastante
favoráveis ao citricultor, em função das cestas registrarem valores em torno de
22,0% menores ao observado em janeiro de 2001, influenciados pela retração da
demanda por insumos e queda do dólar, e os preços da laranja estarem novamente
em ascensão.
Data de Publicação: 20/11/2006
Autor(es):
Maria de Lourdes Barros Camargo (mlcamargo@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Célia Regina Roncato Penteado Tavares Ferreira Consulte outros textos deste autor
José Alberto Angelo (jose.angelo@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Benedito Barbosa de Freitas (bfreitas@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Talita Tavares Ferreira (taferreira@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor