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Renda agropecuária paulista 1995-2004: negação da tendência secular à insignificância e discrepâncias de indicadores
RESUMO: Este trabalho analisa a evolução da renda agropecuária paulista no
período 1995-2004, mostrando que, ao contrário
do que preceitua a formulação tradicional da teoria de desenvolvimento
econômico e diferentemente da tendência
verificada nas décadas de 1950 e 1960, nos anos recentes, verifica-se crescimento da participação da agropecuária na
renda estadual. Em adendo, comparando os indicadores da renda da agropecuária estadual especificados no valor
bruto da produção agropecuária (VPA) do IEA e o
produto interno bruto (PIB) da agropecuária do IBGE, constata-se discrepância à
medida que, contrariando a teoria, o PIB se
mostra sempre maior que o VPA. Na procura de explicação para esse fenômeno, indica-se a ocorrência de subestimação do VPA
e superestimação do PIB, o que exige mudança
das respectivas metodologias a partir de informações censitárias que conformem a
estrutura da produção agropecuária, recompondo
as participações relativas dos vários segmentos e atividades. A realidade brasileira contempla uma agricultura de padrão
primeiro-mundista planejada e gerida com estatísticas setoriais de qualidade terceiro-mundista. Isso fora o retrocesso em
relação ao tão condenado regime militar, pois,
afinal, a democracia baseia-se na transparência e na universalização da
informação para ser exercida por cidadãos
plenos.
Data de Publicação: 28/04/2006
Autor(es): José Sidnei Gonçalves (sydy@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor