O trabalho partindo do esgotamento do antigo padrão de financiamento da agricultura baseado no crédito subsidiado na virada dos anos 80 analisa o surgimento e evolução dos títulos financeiros como constituidores de um novo padrão de financiamento para os agronegócios das commodities. A partir dos contratos mercantis de soja verde como instrumento do financiamento de custeio das safras via venda antecipada, lança-se em 1995 a Cédula de Produto Rural (CPR), na sua modalidade física, para ser transformada criando a CPR Financeira em 2000. No final de 2004, amplia-se o arcabouço instrumental com novos títulos contemplando como instrumentos de comercialização os títulos gêmeos Certificado de Depósito Agropecuário (CDA) e  Warant Agropecuário (WA) e de alavancagem de recursos o Certificado de Direitos Creditórios dos Agronegócios (CDCA), a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) e o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA). Finalizando, são discutidos os entraves macroeconômicos que impedem a redução do custo do dinheiro das captações via títulos financeiros e outros obstáculos à consolidação dos derivativos agropecuários com a negociação na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) como forma de administração de risco. 

Artigo apresentado no XLIII Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural - SOBER, em Ribeirão Preto-SP, no período de 24 a 17 de julho de 2005.