O artigo apresenta matrizes de coeficientes técnicos e estimativas de custos de formação (1º ao 4º ano) e de produção para a laranja destinada à indústria, nas regiões Norte e Sul do Estado de São Paulo, bem como analisa mudanças nas técnicas adotadas e impactos no uso de fatores de produção na citricultura paulista na década de 90. As matrizes desta pesquisa são comparadas com as matrizes publicadas pelo Instituto de Economia Agrícola no final dos anos 80s, e as estimativas de custos baseiam-se em preços de junho de 2000 e no Custo Operacional Total (COT), que engloba despesas diretas e indiretas e não inclui remunerações aos fatores terra, empresário e capital fixo em construções e benfeitorias. Na região Norte, o custo de formação de um hectare de laranja para indústria situou-se em R$3.702,88 e no pomar em produção o custo foi de R$1.849,01 por hectare (R$3,08 por caixa de 40,8kg); na região Sul, a formação situou-se em R$3.389,77 e a produção, em R$1.814,90 (R$3,02 por caixa). Excluindo-se a colheita, verifica-se na década de 90 aumento da participação relativa dos desembolsos com materiais consumidos e acentuada redução dos dias de uso de mão-de-obra comum, que é decorrente e distribuída entre mudanças nas práticas culturais e nos tipos de máquinas e equipamentos (com maior desenvolvimento tecnológico, em operações anteriormente mecanizadas).

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