O novo padrão de financiamento do agronegócio deve catalisar a massa de recursos necessários para o investimento nas mudanças, reservando ao Estado os seguintes papéis:  1) credibilidade do processo, no qual dá confiabilidade a procedimentos das transações comerciais e financeiras; 2) democratização da informação, para se evitar ganhos especulativos do acesso privilegiado a informações estratégicas, quer por vazamento indevido quer pelo monopólio privado de bases de dados; e 3) estruturação do processo de desenvolvimento, no sentido da equalização das oportunidades do acesso ao financiamento produtivo. O pressuposto fundamental desses papéis do Estado Regulador, numa realidade de recursos públicos escassos, consiste na adoção de mecanismos que conduzam os resultados no sentido das mudanças estruturais desejáveis e, ao mesmo tempo, representem uma alavanca da catalização de interesses privados, mobilizando os recursos do mercado financeiro para o financiamento das transformações estruturais.