A década de 90 é marcada pela abertura comercial brasileira, tendo-se eliminado as barreiras não tarifárias e reduzido as tarifárias. Brasil,  Argentina,  Paraguai e  Uruguai constituíram  uma união alfandegária, o MERCOSUL. Entre 1994 e 1998 a moeda brasileira esteve sobrevalorizada. O trigo e o algodão foram os grãos mais afetados. A produção nacional de trigo no final da década correspondia a 25% do seu consumo, contra 50% no início do período. A produção de algodão diminuiu sensivelmente; porém, com as mudanças tecnológicas e o deslocamento da cultura para o Centro-Oeste, recuperou-se fortemente. Arroz, feijão e milho tiveram sua produção mais afetada no período de sobrevalorização cambial. O dinamismo da soja e de seus derivados aparentemente não foi afetado pelas novas condições da política de comércio exterior. Políticas públicas mais efetivas são recomendáveis a fim de que a contribuição da agricultura brasileira para a recuperação de saldos comerciais seja mais expressiva.