O texto procura analisar um inconveniente causado pela liberalização do mercado cambial: a grande instabilidade do preço do dólar. Este resultado pode ser explicado a partir de duas perspectivas. A primeira é a necessidade de financiar crescentes déficits em transações correntes, e a segunda, a estrutura desse financiamento. Como conclusão mais geral, é possível dizer que os déficits em transações correntes, observados a partir de 1995, e a estrutura de seu financiamento, que inclui capitais especulativos de curto prazo, introduziram uma razoável instabilidade num preço relativo de considerável importância, que é a taxa de câmbio. Considerando a taxa de câmbio nominal mensal, de julho de 1994, data da implementação do Plano Real, até agosto de 2001, fica bem claro o ponto de inflexão da política cambial brasileira, em janeiro de 1999.