Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro de Janeiro a Setembro de 2009

            Nos primeiros nove meses de 2009, as exportações do Estado de São Paulo1 somaram US$30,64 bilhões (27,4% do total nacional), e as importações2, US$36,13 bilhões (39,9% do total nacional), registrando déficit de US$5,49 bilhões. Em relação ao mesmo período no ano de 2008, o valor das exportações paulistas recuou 29,6% e o das importações, 27,7%, reduzindo em 14,5% o déficit comercial (Figura 1). A queda nas exportações paulistas (-29,6%), comparando-se os primeiros nove meses de 2009 e 2008, ficou acima da diminuição média brasileira (-25,9%). Nas importações ocorreu menor redução em São Paulo (-27,7%) do que no Brasil (-31,0%) revelando maior rigidez das aquisições externas paulistas. Assim, na conjunção das performances das exportações e importações, em relação aos primeiros nove meses de 2008, houve redução do déficit da balança comercial paulista (-14,5%), enquanto o superávit da brasileira apresentou incremento (+8,0%). 
  

  Figura 1 - Balança Comercial, Estado de São Paulo, Janeiro a Setembro, de 2008 e 2009.

Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.

                Os agronegócios paulistas apresentaram exportações decrescentes (-10,0%), atingindo US$11,48 bilhões, enquanto as importações recuaram 22,1%, somando US$4,45 bilhões, com saldo de US$7,03 bilhões, praticamente igual (-0,1%) ao verificado nos primeiros nove meses do ano de 2008 (Figura 2). Em função disso, há que se destacar que as importações paulistas nos demais setores - exclusive os agronegócios - somaram US$31,68 bilhões para exportações de US$19,16 bilhões, gerando um déficit externo desse agregado, de US$12,52 bilhões no acumulado de janeiro a setembro de 2009. Assim, conclui-se que o comércio exterior paulista seria bem mais deficitário não fosse o desempenho dos agronegócios estaduais.

Figura 2 - Balança Comercial dos Agronegócios, Estado de São Paulo, Janeiro a Setembro, de 2008 e 2009.

Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.

                Detalhando a balança comercial dos agronegócios paulistas, verifica-se que as cadeias de produção apresentaram saldos comerciais decrescentes quando se compara os primeiros nove meses de 2008 (US$ 8,10 bilhões) com o ano de 2009 (US$ 8,50 bilhões). Esses indicadores são menores quando se considera toda amplitude das transações setoriais, cujo saldo praticamente se mantém, passando de US$ 7,04 bilhões nos primeiros nove meses de 2008 para os US$ 7,03 bilhões em igual período de 2009. Essa queda deriva da continuidade, ainda que menor, do déficit na balança comercial de bens de capital e insumos de US$ 1,43 bilhão em 2008 para US$ 1,11 bilhão em 2009 (Tabela 1). Os bens de capital e insumos são fundamentais para a modernidade da produção nacional, notadamente os fertilizantes nos quais têm elevada dependência externa. Exatamente os menores gastos com agroquímicos levaram à redução das importações e do déficit da conta de bens de capital e insumos, que na maioria das vezes não são considerados nas análises do comércio exterior setorial, levando a saldos setoriais superestimados.
 

Tabela 1. - Estado de São Paulo - Detalhamento da Balança Comercial dos Agronegócios, Janeiro a Setembro de 2008 e 2009
( US$ bilhão)
Cadeias de Produção  
Bens de Capital e Insumos
Agronegócios
Ano
Exp.
Imp.
Saldo
Exp.
Imp. 
Saldo
Exp.
Imp. 
Saldo
2008
12,01
3,54
8,47
 
0,74
2,17
-1,43
 
12,75
5,71
7,04
2009
11,03
2,89
8,14
 
0,45
1,56
-1,11
 
11,48
4,45
7,03
Fonte: IEA/APTA/SAA-SP, a partir dos dados básicos da SECEX/MDIC

            A participação das exportações dos agronegócios paulistas no total do Estado aumentou em 8,2 pontos percentuais, enquanto a participação das importações cresceu 0,9 ponto percentual, na comparação dos primeiros nove meses de 2008 e 2009 (Figura 3).

Figura 3 - Participação dos Agronegócios na Balança Comercial, Estado de São Paulo, Janeiro a Setembro de 2008 e 2009.

Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.

            A balança comercial brasileira registrou superávit de US$21,27 bilhões de janeiro a setembro de 2009, com exportações de US$111,80 bilhões e importações de US$90,53 bilhões. Esse superávit 8,0% maior que dos primeiros nove meses de 2008 - ocorreu em função de queda nas exportações (-25,9%) inferior à das importações (-31,0%) (Figura 4). 
 

Figura 4 - Balança Comercial, Brasil, Janeiro a Setembro de 2008 e 2009.

Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.

            Nos primeiros nove meses de 2009, as exportações dos agronegócios brasileiros reduziram-se em 12,4% em relação a igual período do ano anterior, atingindo US$51,38 bilhões (46,0% do total). Já as importações do setor recuaram 34,0%, também em comparação com os nove primeiros meses de 2008, somando US$13,26 bilhões (14,6% do total). O superávit dos agronegócios em 2009 foi de US$38,12 bilhões, 1,1% inferior ao de janeiro a setembro do ano anterior (Figura 5). Portanto, o desempenho dos agronegócios sustentou a balança comercial brasileira, uma vez que os demais setores, com exportações de US$ 60,42 bilhões e importações de US$ 77,27 bilhões, produziram no período um déficit de US$ 16,85 bilhões.

Figura 5 - Balança Comercial dos Agronegócios, Brasil, Janeiro a Setembro de 2008 e 2009.

Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.

            O detalhamento da balança comercial dos agronegócios brasileiros mostra que os saldos comerciais oriundos das transações externas das cadeias de produção recuaram de US$ 46,48 bilhões nos primeiros nove meses de 2008 para US$ 42,31 bilhões em igual período de 2009. Esses valores são maiores que os resultados setoriais – US$ 38,56 bilhões em 2008 e US$ 38,12 bilhões em 2009 - em função do déficit da balança comercial de bens de capital e insumos que recuou de US$ 7,91 bilhões nos primeiros nove meses de 2008 para US$ 4,19 bilhões em igual período de 2009 (Tabela 2), reflexo da dependência externa dos agronegócios brasileiros - notadamente importações de fertilizantes -, sendo que não considerar essas transações produz estimativas de saldos comerciais setoriais superestimados.
 

Tabela 2. –Brasil - Detalhamento da Balança Comercial dos Agronegócios, Janeiro a Setembro de 2008 e 2009
( US$ bilhão)
Cadeias de Produção  
Bens de Capital e Insumos
Agronegócios
Ano
Exp.
Imp.
Saldo
Exp.
Imp. 
Saldo
Exp.
Imp. 
Saldo
2008
56,22
9,74
46,48
 
2,45
10,36
-7,91
 
58,66
20,10
38,56
2009
50,07
7,76
42,31
 
1,31
5,50
-4,19
 
51,38
13,26
38,12
Fonte: IEA/APTA/SAA-SP, a partir dos dados básicos da SECEX/MDIC

            As participações dos agronegócios nos totais do País cresceram 7,1 pontos percentuais nas exportações e recuaram 0,7 ponto percentual nas importações (Figura 6).

Figura 6 - Participação dos Agronegócios na Balança Comercial, Brasil, Janeiro a Setembro de 2008 e 2009

 

Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.

            A participação paulista no total da balança comercial brasileira caiu em termos das exportações (-1,5 pontos percentuais) e aumentou no tocante às importações (+1,8 pontos percentuais) (Figura 7).
 
 

Figura 7 - Participação da Balança Comercial Paulista no Total do Brasil, Janeiro a Setembro de 2008 e 2009.

Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.

            Em relação aos agronegócios brasileiros, as exportações setoriais de São Paulo nos primeiros nove meses de 2009 representaram 22,3%, ou seja, 0,6 ponto percentual a mais que em igual período de 2008, enquanto as importações representaram 33,6%, sendo 5,2 pontos percentuais superior à representatividade verificada no mesmo período do ano anterior (Figura 8).

Figura 8 - Participação do Agronegócio Paulista no Brasileiro, Balança Comercial, Janeiro a Setembro de 2008 e 2009.

Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.

            Os cinco principais agregados de cadeias de produção nas exportações dos agronegócios paulistas nos primeiros nove meses de 2009, foram: cana e sacarídeas (US$ 4,64 bilhões), bovídeos – bovinos (US$1,60 bilhão), produtos florestais (US$1,31 bilhão), frutas (US$ 1,28 bilhão) e cereais/leguminosas/oleaginosas (US$636 milhões). Esses cinco agregados representam 82,6% das vendas externas setoriais paulistas (Tabela 3).

            Crescimento expressivo - na comparação de janeiro a setembro de 2009 com 2008 – apresentou apenas a exportação paulista de cana e sacarídeas (+26,34%), principal grupo das vendas externas estaduais, em especial pelo aumento das vendas externas de açúcar (+64,4%) indo de US$2,39 bilhões para US$3,94 bilhões, enquanto que as operações com álcool recuaram 44,9% passando de US$ 1,28 bilhão para US$ 0,71 bilhão. Isso representa mais uma prova de fogo para a política nacional de biocombustíveis dado que, não apenas o álcool não se firmou como produto de exportação, como a prioridade para a moagem de cana para produção de açúcar deve elevar os preços internos do álcool combustível, mesmo em plena safra.
 

TABELA 3. Exportações dos Agronegócios, por Grupo de Mercadorias, São Paulo, Janeiro a Setembro de 2008 e 2009.
Grupos
2.008
2.009
US$ milhão
%
US$ milhão
%
Var %
Têxteis
220
1,72
159
1,38
-27,76
Bovídeos – bovinos 
2.613
20,49
1.600
13,94
-38,76
Pescado
11
0,08
9
0,08
-12,45
Café e estimulantes
532
4,17
451
3,93
-15,29
Cana e sacarídeas
3.674
28,81
4.641
40,44
26,34
Frutas
1.565
12,27
1.286
11,21
-17,80
Olerícolas
14
0,11
13
0,11
-8,43
Flores e ornamentais
23
0,18
23
0,20
0,43
Cereais/leguminosas/oleaginosas
776
6,09
636
5,54
-18,08
Produtos florestais
1.483
11,63
1.311
11,42
-11,57
Suínos e aves
448
3,51
322
2,80
-28,14
Fumo
2
0,02
1
0,01
-61,66
Agronegócios especiais
646
5,06
575
5,01
-10,93
Bens de capital e insumos
744
5,84
450
3,92
-39,55
Agronegócios
12.750
100,00
11.478
100,00
-9,98
Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.

            Nos outros grupos, além do aumento inexpressivo das exportações de flores e plantas ornamentais (+0,4%) houve redução em todos os demais, em especial em itens expressivos da pauta como bovinos-bovídeos (-38,8%), frutas (-17,8%), produtos florestais (-11,6%), cereais/leguminosas/oleaginosas (-18,1%), bens de capital e insumos (-39,6%) e suínos e aves(-28,1%) (Tabela 3).

            Em âmbito nacional, os cinco principais agregados de cadeias de produção nas exportações dos agronegócios foram: cereais/leguminosas/oleaginosas (US$ 17,21 bilhões); cana e sacarídeas (US$6,63 bilhões), produtos florestais (US$ 5,37 bilhões), bovídeos - bovinos (US$ 5,27 bilhões) e suínos e aves (US$ 5,11 bilhões). Essas cadeias totalizam 77,0% das vendas externas dos agronegócios brasileiros (Tabela 4).

            Nos primeiros nove meses de 2009, comparados com 2008, tiveram crescimento significativo apenas as exportações brasileiras de cana e sacarídeas (+20,9%) e fumo (+17,7%). Nos demais grupos ocorreu pequena queda no principal item da pauta representado pelos cereais/leguminosas/ oleaginosas (-0,29%), em decorrência da queda das exportações de óleo de soja (-50,6%) indo de US$ 2,17 bilhões para US$ 1,07 bilhão e de grão de milho (-13,8%) indo de US$ 0,91 bilhão para US$0,78 bilhão, compensadas pelas maiores vendas de soja em grão (+11,7%) indo de US$ 9,78 bilhões para US$ 10,93 bilhões, destinadas principalmente para a China. Nos demais itens houve diminuições: bens de capital e insumos (-46,6%), pescado(-33,7%), bovídeos - bovinos (-32,4%), produtos florestais (-28,0%), olerícolas (-24,4%), suínos e aves (-23,3%), têxteis (-22,4%), frutas (-18,1%), agronegócios especiais (-15,9%), café e estimulantes (-8,4%) e flores e ornamentais (-3,3%) (Tabela 4.)

            Nas exportações dos agronegócios paulistas, quando se compara os resultados para os primeiros nove meses de 2008 e 2009, apenas os produtos semi-manufaturados apresentaram aumento (+31,7%), ocorrendo quedas tanto para os manufaturados (-17,6%) quanto para os básicos (-25,3%). Os produtos manufaturados apresentam a maior participação nas vendas externas (58,3%) totalizando US$ 6,13 bilhões (Tabela 5).
 

TABELA 4. Exportações dos Agronegócios, por Grupo de Mercadorias, Brasil, Janeiro a Setembro de 2008 e 2009.
Grupos
2.008
2.009
US$ milhão
%
US$ milhão
%
Var %
Têxteis
1.331
2,27
1.033
2,01
-22,40
Bovídeos – bovinos 
7.788
13,28
5.268
10,25
-32,36
Pescado
222
0,38
147
0,29
-33,69
Café e estimulantes
3.663
6,24
3.356
6,53
-8,37
Cana e sacarídeas
5.481
9,34
6.625
12,89
20,86
Frutas
2.290
3,90
1.875
3,65
-18,10
Olerícolas
143
0,24
108
0,21
-24,43
Flores e ornamentais
34
0,06
33
0,06
-3,36
Cereais/leguminosas/oleaginosas
17.260
29,42
17.210
33,50
-0,29
Produtos florestais
7.453
12,71
5.365
10,44
-28,02
Suínos e aves
6.662
11,36
5.109
9,94
-23,32
Fumo
2.011
3,43
2.366
4,61
17,66
Agronegócios especiais
1.876
3,20
1.578
3,07
-15,91
Bens de capital e insumos
2.445
4,17
1.305
2,54
-46,64
Agronegócios
58.660
100,00
51.378
100,00
-12,41
Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.

 
 
TABELA 5. Exportações dos Agronegócios por Fator Agregado, São Paulo, Janeiro a Setembro de 2008 e 2009.
2.008
2.009
Produtos
US$ bilhão
%
US$ bilhão
%
Var %
Básicos
2,89
22,7
2,16
18,8
-25,3
Semi-manufaturados
2,42
19,0
3,19
27,8
31,7
Manufaturados
7,43
58,3
6,13
53,4
-17,6
AGRONEGÓCIOS
12,75
100,0
11,48
100,0
-10,0

Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
 
 

            No caso dos agronegócios brasileiros, ainda que com menor perfil de agregação de valor em relação a São Paulo, houve aumento nas vendas de produtos básicos (+4,0%), e quedas nas dos produtos semi-manufaturados (-10,6%) e manufaturados (-28,3%). Os produtos básicos totalizando US$ 30,06 bilhões nos primeiros nove meses de 2009, mostram a maior participação nas vendas externas setoriais (58,5%, Tabela 6).

            Esses indicadores mostram as diferenças estruturais dos agronegócios paulistas no contexto nacional, uma vez que 52,9% do valor das exportações brasileiras dos agronegócios nos primeiros nove meses do ano de 2009 corresponderam, em nível nacional, a produtos básicos. Em São Paulo, os produtos básicos representam apenas 18,8% e a participação de produtos industrializados dos agronegócios se mostra muito maior (81,2%), evidenciando índices superiores de agregação de valor (Tabelas 5 e 6).
 

TABELA 6. Exportações dos Agronegócios por Fator Agregado, Brasil, Janeiro a Setembro de 2008 e 2009.
2.008
2.009
Produtos
US$ bilhão
%
US$ bilhão
%
Var %
Básicos
31,32
53,40
30,06
58,5
-4,0
Semi-manufaturados
9,72
16,56
8,69
16,9
-10,6
Manufaturados
17,62
30,04
12,63
24,6
-28,3
AGRONEGÓCIOS
58,66
100,00
51,38
100,0
-12,4

Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
 
 

            A quantidade exportada de produtos dos agronegócios brasileiros foi reduzida em 1,0% nos primeiros nove meses de 2009, quando comparada com ao mesmo período de 2008, enquanto a quantidade exportada pelo Estado de São Paulo teve queda de 4,8%. Os preços dos produtos exportados pelos agronegócios caíram 11,6% em nível nacional e 5,5% no âmbito de São Paulo (Tabela 7).
 

TABELA 7. Variações Percentuais dos Índices de Quantidade e de Preço das Exportações de Produtos dos Agronegócios, Brasil e Estado de São Paulo, Janeiro a Setembro de 2009 em relação a igual período de 2008(1).
Setor
Brasil
São Paulo
Quantidade
Preço
Quantidade
Preço
Agronegócios
-1,0
-11,6
-4,8
-5,5
Agronegócios exc. Bens de capital/insumos
1,0
-11,8
-1,9
-6,4
(1) Variações em relação a igual período do ano anterior, baseadas em índices calculados pela fórmula de Fisher.

Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
 
 

            Entre as categorias de uso, observa-se que matérias-primas e produtos intermediários foi o grupo predominante nos primeiros nove meses de 2009, representando 64,3% do valor total de exportações nacionais de mercadorias dos agronegócios. No caso do Estado de São Paulo, esse grupo tem participação (54,9% do valor total) pouco superior ao de bens de consumo (42,4%)Tabela 8). 
  

            Entre as categorias de uso, observa-se que matérias-primas e produtos intermediários foi o grupo predominante nos primeiros nove meses de 2009, representando 64,3% do valor total de exportações nacionais de mercadorias dos agronegócios. No caso do Estado de São Paulo, esse grupo tem participação (54,9% do valor total) pouco superior ao de bens de consumo (42,4%)Tabela 8).
 
 

TABELA 8. Exportações dos Agronegócios por Categoria de Uso, Brasil e Estado de São Paulo, Janeiro a Setembro de 2009.
Categorias de Uso
Brasil
São Paulo
  SP/BR
US$ mil
%
US$ mil
%
%
Bens de capital
971.978
1,89
307.662
2,68
31,65
Bens de consumo 
17.372.946
33,81
4.866.367
42,40
28,01
Matérias-primas e produtos intermediários
33.033.245
64,29
6.303.755
54,92
19,08
Agronegócios
51.378.169
100,00
11.477.784
100,00
22,34

Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.

_________________________________________________________________________________________________________

1Estado produtor (Unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é a Unidade da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua forma final.

2Estado importador (Unidade da Federação importadora) é definido como a Unidade da Federação do domicílio fiscal do importador.
 

Palavras-chave: agronegócio, balança comercial, exportações, importações.


Data de Publicação: 16/10/2009

Autor(es): José Roberto Vicente (jrvicente@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
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