Daniel da Silva Barros
RESUMO: O objetivo deste artigo é analisar o efeito de alguns determinantes do rendimento agrícola no Brasil, nos anos 2004 e 2015, destacando o efeito da escolaridade sobre o rendimento após a inclusão de alguma medida de riqueza na equação de rendimento. A base de dados utilizada é a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios de 2004 e 2015. As análises são realizadas por meio de regressões de rendimento para pessoas ocupadas no setor agrícola, em que se considera, além das variáveis explanatórias comumente usadas na literatura, a inclusão da área dos empreendimentos agrícolas e a condição de ser proprietária da terra, como medida indicativa da riqueza. Os resultados obtidos mostram que a inclusão na equação de rendimento de variável Proxy para o capital físico reduz a influência da escolaridade de 6,8% para 5,1% no valor esperado da renda, para cada ano estudado em 2004. A redução indica que o efeito escolaridade em regressão que não considera alguma medida alusiva de riqueza está superestimado. Em 2015, apenas a metade dos residentes na área rural desenvolve seu trabalho principal na atividade agrícola: no estado de São Paulo chega a ser apenas 30,6% dos moradores rurais envolvidos no setor agrícola. E mais: um aumento de 1% na área do empreendimento tendeu a ampliar a renda esperada em 0,12% em 2004 e 0,07% em 2015, indicando que esta variável é significante na determinação da renda na atividade agrícola.
Palavras-chave: agricultura, escolaridade, renda e área da terra.
COMO CITAR
BARROS, D. da S. Determinantes da Renda na Atividade Agrícola: o efeito do capital humano e do capital físico no brasil em 2004 e 2015. Revista de Economia Agrícola, São Paulo, v. 71, 1-15, erea052021, 2024. DOI: https://doi.org/10.56468/1983-7747.erea0521.2024