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Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro Primeiro Bimestre de 2008
No primeiro bimestre de 2008, as exportações do Estado de São Paulo1 somaram US$8,19 bilhões (31,4% do total nacional), e as importações2, US$9,41 bilhões (38,8% do total nacional), registrando um déficit de US$1,22 bilhão. Em relação ao primeiro bimestre de 2007, o valor das exportações paulistas aumentou 18,0% e o das importações, 42,8%, reduzindo o saldo comercial e tornando-o negativo (Figura 1). O desempenho paulista de crescimento nas exportações (+18,0%), comparando-se o primeiro bimestre de 2008 com o de 2007, ficou abaixo da média brasileira (+23,5%). Também nas importações ocorreu incremento maior no Brasil (+54,5%) do que em São Paulo (+42,8%). Assim, na conjunção das performances das exportações e importações, o saldo da balança comercial paulista teve continuidade de queda (-448,6%) enquanto o da brasileira apresentou também significativa redução (-66,2%).
Figura 1 - Balança Comercial, Estado de São Paulo, Janeiro e Fevereiro de 2007 e de 2008.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
Os agronegócios paulistas também apresentaram exportações crescentes (+4,0%), atingindo US$2,32 bilhões, enquanto as importações aumentaram 68,9%, somando cerca de US$1,25 bilhão, com saldo de US$1,07 bilhão3, 28,2% menor do que o do primeiro bimestre de 2007 (Figura 2). Em função disso, há que se destacar que as importações paulistas nos demais setores - exclusive os agronegócios - somaram US$8,16 bilhões para exportações de US$5,87 bilhões, gerando um déficit externo desse agregado, de US$ 2,29 bilhões. Assim, conclui-se que o déficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho dos agronegócios estaduais.
Figura 2 - Balança Comercial dos Agronegócios, Estado de São Paulo, Janeiro e Fevereiro de 2007 e de 2008.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
A participação das exportações dos agronegócios paulistas no total do Estado decresceu 3,8 pontos percentuais, enquanto a participação das importações avançou em 2,1 pontos na comparação do primeiro bimestre de 2007 e de 2008 (Figura 3).
Figura 3 - Paticipação dos Agronegócios na Balança Comercial, Estado de São Paulo, Janeiro e Fevereiro de 2007 e de 2008.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$1,83 bilhão no primeiro bimestre de 2008, com exportações de US$26,08 bilhões e importações de US$24,25 bilhões. Esse superávit, 66,2% menor do que o do mesmo período em 2007, aconteceu em função de o aumento nas exportações (+23,5%) ter sido muito inferior ao das importações (+54,5%) (Figura 4).
Figura 4 - Balança Comercial, Brasil, Janeiro a Fevereiro de 2007 e 2008.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
No primeiro bimestre de 2008, as exportações dos agronegócios brasileiros cresceram 25,8% em relação ao ano anterior, atingindo US$9,69 bilhões (37,2% do total). Já as importações do setor aumentaram 84,5%, também em comparação com o primeiro bimestre de 2007, somando US$3,93 bilhões (16,2% do total). O superávit dos agronegócios do primeiro bimestre de 2008 foi de US$5,76 bilhões4, 3,4% superior ao do mesmo período do ano anterior (Figura 5). Portanto, o desempenho dos agronegócios sustentou a balança comercial brasileira, uma vez que os demais setores, com exportações de US$16,39 bilhões e importações de US$ 20,32 bilhões, produziram no período um déficit de US$3,93 bilhões.
Figura 5 - Balança Comercial dos Agronegócios, Brasil, Janeiro e Fevereiro de 2007 e de 2008.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
As participações dos agronegócios nos totais do País cresceram tanto em termos das exportações (+0,7 ponto percentual) como das importações (+2,6 pontos percentuais) (Figura 6).
Figura 6 - Participação dos Agronegócios na Balança Comercial, Brasil, Janeiro e Fevereiro de 2007 e de 2008.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
A participação paulista no total da balança comercial brasileira caiu tanto em termos das exportações (-1,5 ponto percentual) como no tocante às importações (-3,2 pontos percentuais) (Figura 7).
Figura 7 - Participação da Balança Comercial Paulista no Total do Brasil, Janeiro e Fevereiro de 2007 e de 2008.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
Em relação aos agronegócios brasileiros, as exportações setoriais de São Paulo no primeiro bimestre de 2008 representaram 24,0%, ou seja, 5,1 pontos percentuais a menos que no mesmo bimestre em 2007, enquanto as importações representaram 31,8%, sendo 2,9 pontos percentuais inferior à verificada no ano anterior (Figura 8).
Figura 8 - Participação do Agronegócio Paulista no Brasileiro, Balança Comercial, Janeiro a Fevereiro de 2007 e 2008.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
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1Estado produtor (Unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é a Unidade da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele onde foi completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua forma final.
2Estado importador (Unidade da Federação importadora) é definido como a Unidade da Federação do domicílio fiscal do importador.
3Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit dos agronegócios paulistas foi de US$1,32 bilhão.
4Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit dos agronegócios brasileiros foi de US$6,91 bilhões.
Palavras-chave: agronegócios, balança comercial, exportações, importações.
Data de Publicação: 18/03/2008
Autor(es):
Sueli Alves Moreira Souza Consulte outros textos deste autor
José Roberto Vicente (jrvicente@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
José Sidnei Gonçalves (sydy@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor