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Preços agropecuários sobem 3,59% na primeira quadrissemana de março
O Índice Quadrissemanal de Preços Agropecuários Recebidos (IqPR) do Estado de São Paulo subiu 3,59% na 1ª quadrissemana de março de 2007. Essa alta se deve principalmente aos produtos de origem animal (IqPR-A), cuja variação positiva foi de 10,86%. Já os produtos de origem vegetal (IqPR-V) registraram aumento de 0,05%.
O IqPR apresentou uma desaceleração nas últimas três quadrissemanas, puxada pelas quedas sucessivas dos preços dos produtos de origem vegetal. O IqPR-A, por sua vez, mostrou tendência de alta nas últimas quadrissemanas (gráfico 1).
Gráfico 1 – Evolução dos Índices Quadrissemanais de Preços Agropecuários, janeiro de 2007 a março de 2007
Nas últimas quatro semanas, os preços agrícolas dos 20 produtos que compõem o IqPR apresentaram as seguintes amplitudes de variação (tabela 1).
Tabela 1 - Variações das cotações dos produtos, Estado de São Paulo, 1ª Quadrissemana de março de 2007
Fonte: Instituto de Economia Agrícola
Os produtos do IqPR que apresentaram a maior alta nos preços foram ovos (33,09%), carne de frango (28,79%), laranja para mesa (12,73%), tomate para mesa (9,10%) e laranja para indústria (5,80%). Os produtos com maior queda foram o milho (-12,72%), a banana nanica (-12,04%), o arroz (-5,49%) e a carne suína (-5,18) (gráfico 2).
Os ovos e a carne de frango continuam apresentando aumento de preços. As cotações ascendentes da carne de frango devem-se à retomada das vendas internacionais, enquanto no caso dos ovos são conseqüência da menor oferta do produto nessa época do ano, em função do ajuste no alojamento das poedeiras.
Os preços das laranjas (de mesa e para indústria) continuam em elevação, porém em menor intensidade. Já a cotação da banana nanica continua em queda, porém com menor magnitude em relação às das quadrissemanas anteriores. Em ambos os casos (de alta ou de baixa), a menor intensidade de variação decorre de uma situação em que, a partir de dado patamar, as quantidades comercializadas não acompanham a magnitude das variações de preços.
No período analisado, nove produtos apresentaram alta de preços (cinco de origem vegetal e quatro de origem animal), enquanto dez produtos tiveram quedas (oito do segmento vegetal e dois do animal). Apesar de a maioria dos produtos apresentar queda nos preços, os três índices (IqPR, IqPR-V e IqPR-A) registraram variações positivas, pois os aumentos foram mais acentuados do que as quedas.
Gráfico 2 - Variações das cotações dos produtos, Estado de São Paulo, 1ª Quadrissemana de março de 2007
Fonte: Instituto de Economia Agrícola
Desconsiderando a cana-de-açúcar, o resultado do IqPR salta de 3,59% para 5,79%, enquanto o IqPR-V vai de 0,05% para 0,87%. Como o preço da cana apresentou recuo nas últimas quadrissemanas analisadas, este contribuiu diretamente para segurar o IqPR e o IPR-V devido a sua elevada representatividade na produção agropecuária paulista (gráfico 3).
Gráfico 3 - Variação percentual dos índices de preços recebidos pelos produtores, no Estado de São Paulo, com ponderações paulistas e brasileira1, 1ª Quadrissemana de março de 2007
Fonte: Instituto de Economia Agrícola
Já o IqPR Brasil, o IqPR-V Brasil e o IqPR-A Brasil foram inferiores aos números de São Paulo, com valores de 3,15%, -1,50% e 9,03%, respectivamente. Essas discrepâncias se dão em virtude das diferenças de importância dos produtos na formação das respectivas rendas agropecuárias (gráfico 2).
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1 O Estado de São Paulo representa um espaço econômico formador de preços na agricultura brasileira. Daí a opção de considerar na apresentação dos índices de preços, ainda que no mercado paulista, uma ponderação para todo Brasil (consistida nas participações dos diferentes produtos considerados na produção agropecuária nacional) e também para São Paulo (consistida nas participações dos diferentes produtos considerados na produção agropecuária estadual). Ainda em busca do maior aprofundamento na compreensão dos movimentos dos preços, apresentam-se as variações dos índices com ponderação paulista em duas tabulações: uma sem a cana para indústria e outra com a cana para indústria, lavoura que pela sua representatividade na produção estadual pode levar a interpretações não apropriadas do movimento dos preços.
Data de Publicação: 13/03/2007
Autor(es):
Eder Pinatti (pinatti@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Raquel Castelluci Caruso Sachs (raquelsachs@apta.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
José Alberto Angelo (jose.angelo@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
José Sidnei Gonçalves (sydy@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor