Preços Agrícolas Sobem 0,59% Na Primeira Quadrissemana De Março

            Os preços agrícolas subiram 0,59% na primeira quadrissemana de março. O índice de preços recebidos pelos agricultores (IPR) apresentou recuperação de 0,94 ponto percentual em relação ao mês de fevereiro. A tabela abaixo mostra a evolução dos preços agrícolas desde a primeira quadrissemana de fevereiro.
 

Quadrissemana 
Variação dos Preços Agrícolas (%)
1ª quadrissemana / fevereiro
-1,87
2ª quadrissemana / fevereiro
-0,10
3ª quadrissemana / fevereiro
0,41
4ª quadrissemana / mês de fevereiro
-0,35
1ª quadrissemana / março
0,59

            No gráfico seguinte, é possível visualizar o comportamento do IPR desde dezembro de 2001.


            Na primeira quadrissemana de março, os preços agrícolas apresentaram as seguintes variações, por produto:

Produto
Variação quadrissemanal(%) 
Algodão
6,17
Amendoim
-9,72
Arroz
-4,80
Banana
-3,72
Batata
-3,50
Café
-6,89
Cana-de-açúcar
-2,07
Cebola
5,00
Feijão
1,97
Laranja
1,99
Milho
2,41
Soja
-13,55
Tomate
53,06
Trigo
2,03
Aves
-11,30
Boi gordo
0,00
Leite
7,14
Ovos
28,32
Suínos
-10,49
               Fonte: NBM/IEA

            O comportamento dos preços agrícolas, por grupo de produtos na primeira quadrissemana de março, foi o seguinte:

Grupo
Variação % 
Grãos + café
-3,72
Frutas
1,62
Olerícolas
16,46
Produtos de Origem Vegetal
-0,27
Produtos de Origem Animal
2,18
Total do IPR
0,59
               Fonte: NBM/IEA

            Dos 19 produtos analisados, nove apresentaram reduções no preço (amendoim, arroz, banana, batata, café, cana-de-açúcar, soja, aves e suínos), enquanto nove produtos tiveram acréscimos (algodão, cebola, feijão, laranja, milho, tomate trigo, leite e ovos). Entre os produtos com crescimento expressivo de preço, destacou-se o tomate (53,06%). A maior queda ocorreu na soja (-13,54%).
            Entre os produtos vegetais, observou-se recuo nos preços do subgrupo dos grãos, enquanto frutas e olerícolas tiveram alta, fazendo com que ocorresse queda de apenas 0,27% no preço do grupo. Já no grupo animal, aves e suínos tiveram diminuição de preço, enquanto leite e ovos apresentaram expressivas elevações, o que originou o aumento de 2,18% no preço do grupo. O resultado foi a alta de 0,59% no índice geral.
            O boi gordo vem mantendo os preços estáveis desde janeiro, em função das elevadas exportações mensais, mesmo considerando o aumento de oferta de 3,25%, previsto para 2002, e o fato de estarmos em plena safra. O comportamento dos preços recebidos pelos pecuaristas pode ser observado no gráfico abaixo:

            Porém, com a desvalorização do peso argentino e a redução das cotações do boi no Uruguai, além do controle da febre aftosa e da autorização para exportar para vários mercados, os produtores daqueles países devem tornar-se fortes concorrentes dos produtores brasileiros, tanto no mercado internacional quanto no nacional, o que deverá afetar as perspectivas dos preços futuros para o setor. O comportamento do preço do boi gordo nos países do Mercosul, em dólares por arroba e à vista, é apresentado no gráfico abaixo:


 

 

Data de Publicação: 11/03/2002

Autor(es): Nelson Batista Martin (nbmartin@uol.com.br) Consulte outros textos deste autor