Preços agrícolas: alta de 1,46% na primeira quadrissemana de fevereiro de 2005

            Os preços agrícolas tiveram alta de 1,46% na primeira quadrissemana de fevereiro de 2005, com ganho de 0,99 ponto percentual em relação ao mês de janeiro. O índice de preços recebidos pelos agricultores (IPR) continuou com forte pressão dos produtos de origem vegetal, principalmente devido as chuvas intensas. A tabela abaixo mostra a evolução dos preços agrícolas desde a primeira quadrissemana de janeiro de 2005.
 

Quadrissemana 
Variação dos Preços Agrícolas (%)
1ª Quadrissemana / janeiro 2005
-1,44
2ª Quadrissemana / janeiro
+1,08
3ª Quadrissemana / janeiro
+0,61
4ª Quadrissemana/ mês de janeiro
+0,47
1ª Quadrissemana / fevereiro
+1,46

            No gráfico seguinte, é possível visualizar o comportamento do IPR desde novembro de 2004.

            Na primeira quadrissemana de fevereiro de 2005, os preços agrícolas apresentaram as seguintes variações, por produto:
 

Produto
Variação quadrissemanal (%) 
Algodão
-1,19
Amendoim
-6,00
Arroz
0,00
Banana
2,81
Batata
62,35
Café
-0,72
Cana-de-açúcar
4,05
Cebola
25,00
Feijão
1,88
Laranja
-3,66
Milho
-0,68
Soja
0,70
Tomate
28,57
Trigo
6,71
Aves
-6,67
Boi gordo
-4,10
Leite
1,92
Ovos
6,40
Suínos
-12,14

Fonte: NBM/IEA

            O comportamento dos preços agrícolas, por grupo de produtos na primeira quadrissemana de fevereiro de 2005, foi o seguinte:
 

Grupo
Variação (%) 
Grãos + café
-0,27
Frutas
-2,85
Olerícolas
42,23
Produtos de Origem Vegetal
3,97
Produtos de Origem Animal
-3,08
Total do IPR
1,46

Fonte: NBM/IEA

            Dos 19 produtos analisados, dez apresentaram crescimento no preço (banana, batata, cana-de-açúcar, cebola, feijão, soja, tomate, trigo, leite e ovos), enquanto oito tiveram reduções (algodão, amendoim, café, laranja, milho, aves, boi e suíno). O destaque de alta foi o preço da batata (+62,35%), enquanto a queda mais expressiva ocorreu no suíno (-12,14%).
            Entre os produtos de origem vegetal, a queda nos preços dos grãos e das frutas, foi compensada pelo das olerícolas e da cana-de-açúcar, que elevou o preço do grupo em 3,97%. Já no segmento animal, a queda nas cotações dos preços das aves, boi e suíno, reduziu o preço do grupo em 3,08%. O resultado foi a alta de 1,46% no índice geral (IPR).
            O preço do suíno que em dezembro de 2004 estava maior que o do boi, vem apresentando fortes quedas desde o início de janeiro em função da menor demanda interna e lentidão na retomada das exportações, gerando um grande excedente no mercado, com efeito, direto nos preços. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

Data de Publicação: 09/02/2005

Autor(es): Nelson Batista Martin (nbmartin@uol.com.br) Consulte outros textos deste autor