Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro, Janeiro a Maio de 2025


1 - BALANÇA COMERCIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

No acumulado de janeiro a maio de 2025, as exportações do Estado de São Paulo1 somaram US$27,13 bilhões (19,8% do total nacional) e as importações2 US$35,34 bilhões (31,4% do total nacional), registrando déficit comercial de US$8,21 bilhões (Figura 1). Em relação ao mesmo período de 2024, houve queda nas exportações (-4,3%) e aumento nas importações (+17,8%); essa conjunção de desempenhos resultou no acréscimo do déficit (+400,6%) no saldo da balança comercial paulista.

1.1 – Análise Setorial do Agronegócio

Na análise setorial do agronegócio3, no acumulado de janeiro a maio de 2025 em comparação com igual período do ano anterior, o setor paulista apresentou redução nas exportações (-11,1%), alcançando US$11,01 bilhões, e aumento nas importações (+5,6%), totalizando US$2,47 bilhões; com esses resultados, o saldo da balança comercial obteve um superávit de US$8,54 bilhões, 14,9% inferior em relação a janeiro a maio de 2024 (Figura 1).

A participação das exportações do agronegócio paulista no total do estado nos cinco primeiros meses de 2025 ficou em 40,6%, enquanto a participação das importações setoriais foi de 7,0% (Figura 1). Em relação a janeiro a maio de 2024, as participações recuaram 3,1 pontos percentuais nas exportações e 0,8p.p. nas importações.

Há que se destacar que as exportações paulistas nos demais setores da economia - exclusive o agronegócio - somaram US$16,12 bilhões, e as importações, US$32,87 bilhões, gerando um déficit externo desse agregado de US$16,75 bilhões de janeiro a maio de 2025. Dessa forma, conclui-se que o déficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho do agronegócio estadual, cujo saldo se manteve positivo (US$8,54 bilhões).

 

1.2 - Exportações do Agronegócio Paulista por Grupos de Produtos

Os cinco principais grupos nas exportações do agronegócio paulista de janeiro a maio de 2025 foram: complexo sucroalcooleiro (US$2,68 bilhões, sendo que desse total o açúcar representou 90,2% e o álcool etílico – etanol, 9,8%), setor de carnes (US$1,53 bilhão, em que a carne bovina respondeu por 82,9%), o grupo complexo soja com vendas de US$1,29 bilhão (83,7% referentes a soja em grão e 12,2% de farelo de soja), o grupo de sucos (US$1,26 bilhão, dos quais 97,8% referentes a suco de laranja) e produtos florestais (US$1,25 bilhão, com participações de 54,2% de celulose e 36,8% de papel). Esses cinco agregados representaram 72,8% das vendas externas setoriais paulistas (Tabela 1). Destaque para o grupo de café (tradicional nas exportações paulistas) que encontra-se na sexta posição com vendas de US$824,84 milhões (74,3% referentes ao café verde e 22,0% de café solúvel).

Ainda de acordo com a tabela 1, nos cinco primeiros meses de 2025 na comparação com igual período de 2024, houve importantes variações nos valores exportados dos principais grupos de produtos da pauta paulista, com aumentos para os grupos de café (+56,6%), sucos (+26,6%) e setor de carnes (+22,1%); e quedas nos grupos de complexo sucroalcooleiro (-45,6%), dos produtos florestais (-1,8%) e complexo soja (-0,4%). Essas variações nas receitas do comércio exterior são derivadas da composição das oscilações tanto de preços como de volumes exportados.


 

 

1.3 - Exportações dos Principais Produtos do Agronegócio Paulista

Os dados de valor e volume exportados dos principais produtos dos grupos mais relevantes do agronegócio paulista de janeiro a maio de 2025 frente ao mesmo período do ano anterior são apresentados na tabela 2.

Desses grupos relevantes, o sucroalcooleiro é o que apresenta a maior participação (24,3%) nas exportações paulistas. No total, o grupo apresentou quedas de 45,6% em valores e 40,7% em volumes exportados, acompanhando as menores vendas externas do açúcar (-46,1% em valores e -40,6% em volume), principal produto do grupo, com desvalorizações nos preços médios dessas commodities de 8,4% para açúcar em bruto e 15,2% para o refinado, quando comparados a janeiro a maio de 2024. Para o álcool, os embarques apresentaram variações negativas de 42,3% em volume e de 39,8% em valores. Os destinos das exportações desse grupo são bem diversificados em termos de participação em valores dos países, e os resultados apresentam como principais compradores: China (8,5%), Bangladesh (7,8%), Índia (7,2%), Indonésia (6,3%), Emirados Árabes Unidos (6,0%), Arábia Saudita (5,7%), Nigéria (5,4%), Egito (5,0%), Coreia do Sul (4,4%), Iraque (4,1%) e Estados Unidos (3,8%); e os demais países (35,8%).

O grupo dos de carnes ocupa a segunda posição na pauta paulista com 13,9% de representatividade e apresentou altas em valores (+22,1%) e em volumes embarcados (+12,6%) em relação aos cinco primeiros meses de 2024. A carne bovina, principal produto com 82,9% de contribuição no grupo, registrou aumentos de 21,4% em valores e de 10,4% no volume exportado. Para a carne de frango, segundo produto com 13,8% de participação no grupo, o desempenho obtido foi positivo nas vendas em valores (+16,3%) e em volumes (+14,0%). A carne suína (1,5% de participação) apresentou resultados de recuperação em valores (+1.058,4%) e na quantidade embarcada (+668,4%). Os principais destinos em participação são China (39,9%), Estados Unidos (16,6%), União Europeia (7,3%), Filipinas (3,7%), Hong Kong (3,6%), Arábia Saudita (3,2%), México (3,1%) e Chile (2,1%); enquanto os demais países compradores somam 20,5% de participação.

Para o grupo composto pelo complexo soja (3ª posição e 11,7% de participação), os dados no acumulado de janeiro a maio de 2025, apontam aumentos nos embarques (+10,3%) e quedas em valores (-0,4%), por conta dos resultados da soja em grão, principal produto do grupo, que apresenta expansão nos volumes (+10,5%) e nos valores (+0,8%), e do farelo de soja, com redução em valor (-10,6%) e maior quantidade exportada (+10,3%), quando comparados ao mesmo período de 2024. A China aparece como principal destino em termos de participação de valores (71,5%), seguida de União Europeia (5,0%), Irã (4,0%), Indonésia (3,9%), Tailândia (3,4%), Índia (2,8%) e Bangladesh (1,9%); e os demais importadores somam 7,5%.


 

O grupo de sucos se apresenta na quarta posição com 11,5% de representatividade na pauta paulista, o suco de laranja (FCOJ concentrado e congelado) registrou aumento de 10,8% no valor e redução de 44,8% no volume exportado. Para o suco NFC (não congelado, valor brix <=20), as vendas externas ganharam em valores (+33,0%) e queda em volumes
(-17,6%). Já os outros sucos de laranja não fermentados obtiveram alta em valores de 34,6% e redução de 7,2% em volumes. A variação total das exportações do grupo de sucos foi positiva em valores (+26,6%), puxados pela valorização dos preços médios dos sucos no período analisado (FCOJ 100,9%, NFC 61,4% e outros sucos de laranja não fermentados 45,0%), uma vez que houve diminuição nos volumes embarcados do grupo (-18,9%).
Os maiores compradores desse grupo são: Estados Unidos (47,6%), União Europeia (42,9%), Japão e China (3,3% cada); os demais compradores têm 2,9% de participação.

Na quinta posição nos cinco primeiros meses de 2025, aparece o grupo produtos florestais com 11,4% de participação, e seu desempenho foi de queda em valores (-1,8%) e na quantidade embarcada (-5,6%) em relação a igual período do ano anterior. As exportações dos produtos de celulose, principal item do grupo, apresentou ganhos em valores (+1,3%) e menores embarques (-7,5%). Já para o subsetor de papel, mostrou variações negativas para os valores (-9,9%) e volume (-3,4%). O principal destino em participação de valores exportados é a China (36,6%), seguida de União Europeia (14,0%), Estados Unidos (11,8%), Argentina (4,7%), Peru (4,5%) e Reino Unido (3,9%). Outros países somam 24,5% de participação.

Para o grupo do café, 7,5% de participação na pauta paulista, os resultados apontaram crescimentos de 56,6% nos valores e queda de 11,5% no volume das exportações paulistas. O principal produto deste grupo é o café verde, que registrou aumento nas vendas externas de 57,1% em valores e redução de 12,9% em quantidades exportadas pelo estado. A alta de 80,4% no preço médio internacional justifica o desempenho positivo. Já o café solúvel obteve incremento de 53,8% em valores e redução de 2,7% em volume comercializado. Esse incremento é resultado da majoração do café torrado e moído que tem promovido uma migração para o solúvel. A União Europeia é o principal destino e suas compras representam 39,7% do valor exportado. Na sequência aparecem Estados Unidos (19,2%), Japão (6,1%), Canadá (4,5%), Argentina (3,9%); Rússia (3,0%), Coréia do Sul (2,7%) e Chile (2,3%); os demais países participam com 18,6%.

 

1.4 - Importações do Agronegócio Paulista

Os principais produtos da pauta de importação do agronegócio paulista de janeiro a maio de 2025 foram: salmões (US$194,01 milhões), seguido de papel (US$178,10 milhões), trigo (US$154,00 milhões) sendo importadas 653 mil toneladas, aumento de 40% em relação a igual período de 2024, e leite em pó (US$100,25 milhões). Das mercadorias da pauta do estado de São Paulo destaca-se a borracha natural com aumentos em valores (+116%) e quantidades importadas (+67%) no período analisado, o que pode configurar abastecimento de estoques pelas indústrias. A figura 2 apresenta os dez principais itens que representam 45,3% (US$1,12 bilhão) do total importado (US$2,47 bilhões).

 

2 - BALANÇA COMERCIAL DO BRASIL

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$24,44 bilhões no acumulado de janeiro a maio de 2025, com exportações de US$136,93 bilhões e importações de US$112,49 bilhões. Esse resultado apresenta queda de 30,6% no superávit em relação ao mesmo período de 2024, quando alcançou US$35,23 bilhões (Figura 3).



2.1 - Análise Setorial do Agronegócio

Na análise setorial, as exportações do agronegócio brasileiro no acumulado dos cinco primeiros meses de 2025 (Figura 3) cresceram 0,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando o valor de US$67,48 bilhões (49,3% do total nacional). As importações subiram 7,4% no período, registrando US$8,54 bilhões (7,6% do total nacional).

O saldo da balança comercial dos agronegócios registrou superávit de US$58,94 bilhões de janeiro a maio de 2025, sendo 0,3% menor na comparação com o mesmo período de 2024 (Figura 3).

Portanto, o comércio exterior brasileiro só não foi deficitário devido ao desempenho do agronegócio, uma vez que os demais setores da economia, com exportações de US$69,45bilhões e importações de US$103,95 bilhões, produziram um déficit de US$34,50 bilhões nos cinco primeiros meses de 2025.

 

2.2 - Exportações do Agronegócio Brasileiro por Grupos de Produtos

Os cinco principais grupos nas exportações do agronegócio brasileiro de janeiro a maio de 2025 foram: complexo soja (US$24,16 bilhões, tendo a soja em grão com 83,1% de participação e 14,1% do farelo de soja), carnes (US$11,54 bilhões, com as carnes bovina, de frango e suína representando desse total, respectivamente, 50,1%, 35,9% e 11,8%), produtos florestais (US$7,23 bilhões, com participações de 62,1% de celulose e 23,8% de madeira), grupo de café com vendas de US$6,79 bilhões (92,0% referentes ao café verde e 7,2% de café solúvel), grupo sucroalcooleiro (US$4,82 bilhões, sendo que desse total o açúcar representou 92,6% e o álcool etílico – etanol, 7,2%). Esses cinco grupos agregados representaram 80,8% das vendas externas setoriais brasileiras (Tabela 3). Na sétima posição aparece o grupo de cereais, farinhas e preparações (US$2,16 bilhões, dos quais o milho em grão representou 63,4% do grupo).

Ainda conforme a tabela 3, na comparação com janeiro a maio de 2024, houve importantes variações nos valores exportados dos principais grupos de produtos do agronegócio brasileiro, com destaque positivo para os grupos café (+52,9%), carnes (+17,9%) e florestais (+6,7%), enquanto os grupos de complexo sucroalcooleiro (-36,1%), cereais, farinhas e preparações (-20,6%), complexo soja (-8,4%), grupo de fibras e produtos têxteis (-3,7%) apresentaram reduções. Essas variações nas receitas do comércio exterior são derivadas da composição das oscilações tanto de preços como de volumes exportados.


 

2.3 - Exportações dos Principais Produtos do Agronegócio Brasileiro

A tabela 4 apresenta os dados de valor e volume exportados dos principais produtos dos grupos mais relevantes do agronegócio brasileiro e suas respectivas variações de janeiro a maio de 2025, em comparação com o período em 2024.

Desses grupos relevantes, aparece na primeira posição na pauta brasileira o grupo complexo soja (35,8% de participação) nas exportações brasileiras. No período em análise, as vendas externas recuaram 8,4% em valores e avançaram 2,9% em volumes exportados. A soja em grão apresentou perdas de 7,8% nos valores e aumento de 2,7% na quantidade exportada. Para o óleo de soja, os embarques registraram ganhos em receitas de 40,1% e de 29,5% em volumes, enquanto o farelo de soja teve variação negativa de 17,5% em valores e positivas de 3,0% em volume. A China representa 61,5% das compras em valores desse grupo, seguida por União Europeia (12,4%), Tailândia (3,6%), Indonésia (2,9%) e Turquia e Índia (2,0% cada); os demais países importadores somam 15,6%.

O grupo de carnes, na segunda posição (17,1% de participação), apresentou ganhos de 17,9% em valores e 7,5% em volume em relação aos cinco primeiros meses de 2024. A carne bovina teve aumentos em valores (+22,2%) e no volume exportado (+10,7%). Para a carne de frango, foram registradas altas em valores (+9,8%) e nos embarques (+4,5%), e para carne suína, crescimentos em valores (+30,0%) e na quantidade (+16,3%). Neste grupo, a China se destacou como principal destino, com 27,7% das compras de carnes; na sequência aparecem Estados Unidos (8,1%), União Europeia (5,6%), Arábia Saudita (4,6%), Filipinas (4,2%), Chile (4,1%), México, Japão e Emirados Árabes Unidos (3,9%, cada); e os demais países somam 34,0% de participação.

Na terceira posição aparece o grupo produtos florestais (10,7% de participação). De janeiro a maio de 2025 registrou aumentos para valores (+6,7%) e no volume exportado (+6,9%). As variações de valores e volume foram de, respectivamente, +13,1% e +13,5% para a celulose (principal item do grupo), de -1,2% e -7,0% para a madeira, -4,6% e +0,4% para o papel. Os principais países importadores deste grupo são China (30,0%), Estados Unidos e União Europeia (19,7% cada), Argentina (2,7%) e México (2,6%); os demais países participam com 25,3%.

O grupo do café na quarta posição (10,1% de participação) apresentou aumento em valores (+52,9%) e queda nas quantidades (-13,9%), puxado pelo café verde, principal produto do grupo, com variações positivas de 53,3% em valores e recuo de -14,5% em quantidades exportadas pelo país. Quanto às participações dos países destinos das exportações em valores, a União Europeia representa 43,4% desse grupo, seguida por Estados Unidos com 16,6%, Japão (6,5%), Turquia (3,9%), Rússia (3,5%), Coréia do Sul (2,7%) e China (2,4%); os demais países somam 21,0% de participação.

Na quinta posição e 7,1% de participação, aparece o grupo sucroalcooleiro, que nos primeiros cinco meses de 2025 registrou quedas de 36,1% em valores e 29,9% em volumes exportados, devido as menores exportações do açúcar (-36,4% em valores e de -29,7% em volume). Para o álcool, os embarques apresentaram reduções de valores (-32,1%) e em volumes (-35,0%), quando comparados com o mesmo período do ano anterior. Assim como no estado de São Paulo, os destinos das exportações desse grupo são bem diversificados em termos de participação dos países. Os resultados apontam a sequência composta por China (8,2%), Bangladesh (7,7 %), Índia (6,7%), Argélia (6,1%), Indonésia (6,0%), Nigéria (5,4%), Emirados Árabes Unidos (5,2%), Malásia e Estados Unidos (4,4%, cada um) e os demais países importadores somam 45,9% de participação.

O grupo de cereais, farinhas e preparações obteve resultados negativos em valores
(-20,6%) e em quantidades embarcadas (-21,3%). O milho em grão, principal item do grupo com 65,4% de representatividade, registrou quedas em volume (-18,4%) e em valores (-18,8%). Os principais destinos são Irã (23,6%), Vietnã e Egito (13,4%, cada), Arábia Saudita (5,4%), Turquia (3,9%), Argélia (3,7%) e Bangladesh (3,3), restando 33,3% de participação para os demais países.

 

2.5 - Importações do Agronegócio Brasileiro

Os principais produtos da pauta de importação do agronegócio brasileiro no acumulado de janeiro a maio de 2025 foram: trigo (US$725,08 milhões, contabilizando 3,09 milhões de toneladas, 11,9% superior ao volume importado em relação ao mesmo período de 2024), cacau inteiro ou partido (US$421,73 milhões) com altas de 314% em valores e 86,5% em volume, sendo importados 42,2 mil toneladas, valores justificados pelo aumento da demanda e baixa disponibilidade da mercadoria interna. O estado de São Paulo tem investido na pesquisa e assistência técnica de novas tecnologias em sistemas de produção para estimular produtores no estado. Na sequência aparecem o papel (US$417,62 milhões) e salmões (US$387,57 milhões). A figura 4 apresenta os dez principais produtos que representam 41,3% (US$3,53 bilhões) do total importado (US$8,54 bilhões).

3 - PARTICIPAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO NO BRASIL

A participação paulista no total da balança comercial brasileira (todos os setores da economia) de janeiro a maio de 2025 registrou queda de 0,7 ponto percentual nas exportações, enquanto as importações aumentaram em 2,3p.p., apontando valores de 19,8% nas exportações e de 31,4% de representatividade para as importações (Figura 5).

 

Para o agronegócio, as exportações setoriais de São Paulo nos cinco primeiros meses de 2025 representaram 16,3% em relação ao agronegócio brasileiro, 2,2p.p. menor ante a igual período do ano anterior. Já as importações caíram 0,5p.p., passando de 29,4% para 28,9% (Figura 5).

A tabela 5 apresenta a participação dos grupos do agronegócio paulista no agronegócio nacional de janeiro a maio de 2025. O agronegócio paulista se destacou nos seguintes grupos de produtos, cuja participação em valores ultrapassa 50% do total nacional: sucos (86,3%), produtos alimentícios diversos (68,5%), demais produtos de origem vegetal (64,6%) e complexo sucroalcooleiro (55,6%).


Em relação aos principais estados exportadores em valores, São Paulo ocupa a segunda posição com 16,3% de participação, atrás do estado do Mato Grosso (17,3%). Em terceiro lugar está Minas Gerais (12,4%), seguido por Paraná (10,4%), Rio Grande do Sul (7,6%) e Goiás (7,0%) (Figura 6). Esses seis estados somados representam 71% das exportações totais do agro brasileiro de janeiro a maio de 2025.

Notam-se movimentações nos valores das participações dos estados em relação aos cinco primeiros meses de 2025. O estado de São Paulo cedeu a primeira posição para o estado de Mato Grosso, que concentra 92% das suas exportações em três principais grupos: complexo soja (67,5%), fibras e produtos de têxteis (13,2%) e de carnes (11,5%).

 

 

Aguardam-se os desdobramentos da guerra comercial e da gripe aviária, conforme nota oficial do MAPA4 com a suspensão das exportações da carne de frango (total para 21 países e restrita para o estado do Rio Grande do Sul), para que se tenha alterações nesse ranqueamento com ganhos e perdas em razão das especializações de cada estado.

 

 

1Estado produtor (unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é a unidade da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua forma final.

 

2Estado importador (unidade da Federação importadora) é definido como a unidade da Federação do domicílio fiscal do importador.

 

3Os grupos de produtos dos agronegócios podem ser vistos na opção Tabela de Agrupamentos em MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Agrostat. Brasília: MAPA, 2025.  Disponível em: http://sistemasweb.agricultura.gov.br/pages/AGROSTAT.html. Acesso em: jun. 2025.

 

4BRASIL. Ministério da Agricultura e Pecuária. Gripe aviária: atualização sobre a suspensão de exportações. Brasília: MAPA, 2025. Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/noticias/gripe-aviaria-atualizacao-sobre-a-suspensao-de-exportacoes-1. Acesso em: 06 jun. mmm. 2025.

 

Palavras-chave: agronegócio, balança comercial, exportações, importações, comércio exterior, grupo de produtos, superávit, saldo.



 

 

COMO CITAR ESTE ARTIGO

OLIVEIRA, M. D. M.; ANGELO, J. A.; GHOBRIL, C. N. Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro, Janeiro a Maio de 2025. Análises e Indicadores do Agronegócio, São Paulo, v. 20, n. 6, p. 1-16, jun. 2025. Disponível em: colocar o link do artigo. Acesso em: dd mmm. aaaa.

Data de Publicação: 30/06/2025

Autor(es): Marli Dias Mascarenhas Oliveira (marlimascarenhasoliveira@gmail.com) Consulte outros textos deste autor
José Alberto Angelo (jose.angelo@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Carlos Nabil Ghobril (nabil@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor