Preços agrícolas: alta de 3,27% na terceira quadrissemana de agosto

   Os preços agrícolas subiram 3,27% na terceira quadrissemana de agosto de 2004, com perda de 0,11 ponto percentual em relação à quadrissemana anterior. O índice de preços recebidos pelos agricultores (IPR) manteve tendência de alta, em função da elevação dos preços dos produtos vegetais e de origem animal, bem como de menores quedas nas cotações internacionais das commodities. A tabela abaixo mostra a evolução dos preços agrícolas desde a primeira quadrissemana de julho.
 

Quadrissemana 
Variação dos Preços Agrícolas (%)
1ª Quadrissemana / julho
-1,99
2ª Quadrissemana / julho
-1,62
3ª Quadrissemana / julho
-3,35
4ª Quadrissemana / mês de julho
-1,64
1ª Quadrissemana / agosto
+4,24
2ª Quadrissemana / agosto
+3,38
3ª Quadrissemana /agosto
+3,27

   No gráfico seguinte, é possível visualizar o comportamento do IPR desde maio último.
 


   Na terceira quadrissemana de agosto, os preços agrícolas apresentaram as seguintes variações, por produto:
 
 

Produto
Variação quadrissemanal(%) 
Algodão
0,00
Amendoim
0,00
Arroz
6,25
Banana
1,04
Batata
19,48
Café
-0,51
Cana-de-açúcar
0,00
Cebola
71,11
Feijão
-5,66
Laranja
5,00
Milho
-2,30
Soja
-5,35
Tomate
78,38
Trigo
-22,04
Aves
-3,13
Boi gordo
3,33
Leite
1,85
Ovos
9,71
Suínos
7,45

   Fonte: NBM/IEA

   O comportamento dos preços agrícolas, por grupo de produtos na terceira quadrissemana de agosto, foi o seguinte:
 

Grupo
Variação % 
Grãos + café
-3,19
Frutas
4,61
Olerícolas
53,45
Produtos de Origem Vegetal
3,48
Produtos de Origem Animal
2,91
Total do IPR
3,27

   Fonte: NBM/IEA

   Dos 19 produtos analisados, dez apresentaram crescimento no preço (arroz, banana, batata, cebola, laranja, tomate, boi, leite, ovos e suínos), enquanto seis tiveram reduções (café, feijão, milho, soja, trigo e aves). O destaque de alta foi o preço do tomate (+78,38%), enquanto a queda mais expressiva foi verificada no trigo (-22,04%).

   Entre os produtos de origem vegetal, a alta nas frutas e o forte aumento nos preços das olerícolas, apesar da redução nos preços de grãos, fez com que o preço do grupo tivesse crescimento de 3,48%. Já no segmento animal, o crescimento nas cotações de todos os produtos, com exceção das aves, elevou o preço do grupo em 2,91%. O resultado foi a alta de 3,27% no índice geral (IPR).

   O preço do trigo vem apresentando fortes quedas em função do aumento da oferta mundial e do início da colheita no Brasil. Caso o Governo Federal não implemente medidas para sustentação do preço do produto, deverá verificar-se enorme dificuldade na comercialização do produto. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:
 

 

 

Data de Publicação: 23/08/2004

Autor(es): Nelson Batista Martin (nbmartin@uol.com.br) Consulte outros textos deste autor