1 - BALANÇA COMERCIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

No primeiro bimestre de 2018, as exportações do Estado de São Paulo1 somaram US$7,59 bilhões (22,1% do total nacional) e as importações2, US$9,71 bilhões (36,5% do total nacional), registrando um deficit de US$2,12 bilhões. Em relação ao primeiro bimestre de 2017, o valor das exportações paulistas cresceu 10,3% e o das importações, 18,8%, aumentando o deficit comercial (64,3%) (Figura 1). Comparando-se os meses de janeiro e fevereiro de 2018 com o mesmo período de 2017, as exportações paulistas subiram (+10,3%), menos do que as exportações brasileiras (+12,8%); nas importações, o acréscimo em São Paulo (+18,8%) foi superior do que no Brasil (+15,1%). Assim, na conjunção dos desempenhos das exportações e importações, o deficit da balança comercial paulista registrou aumento de 64,3%, enquanto o superavit da balança comercial brasileira cresceu 5,5%.

O agronegócio3 paulista apresentou queda nas exportações (-10,4%), registrando US$2,41 bilhões; enquanto as importações subiram (+3,7%), somando US$0,84 bilhão, reduziu-se em 16,5% o saldo comercial em relação ao primeiro bimestre de 2017, atingindo US$1,57 bilhão (Figura 2). Essa redução do saldo comercial decorre da menor exportação do grupo complexo sucroalcooleiro, principal item da pauta do agronegócio paulista, que no período analisado registrou quedas de 25,0% no volume e de 38,9% em valores.

Há que se destacar que as importações paulistas nos demais setores - exclusive o agronegócio - somaram US$8,87 bilhões, e as exportações, US$5,18 bilhões, gerando deficit externo desse agregado de US$3,69 bilhões. Assim, conclui-se que o deficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho do agronegócio estadual, cujo saldo se manteve positivo, porém, com valores decrescentes.

A participação das exportações do agronegócio paulista no total do estado diminuiu 7,3 pontos percentuais, enquanto a participação das importações caiu 1,2 ponto percentual, na comparação dos meses de janeiro e fevereiro de 2018 com os de 2017 (Figura 3).

2 - BALANÇA COMERCIAL DO BRASIL

A balança comercial brasileira registrou superavit de US$7,67 bilhões no primeiro bimestre de 2018, com exportações de US$34,28 bilhões e importações de US$26,61 bilhões. O superavit comercial resultou de aumento nas exportações (+12,8%), inferior ao das importações (+15,1%) (Figura 4).

No primeiro bimestre de 2018, as exportações do agronegócio brasileiro aumentaram 5,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo US$12,39 bilhões (36,1% do total). Já as importações do setor caíram 2,1%, também na comparação com o primeiro bimestre de 2017, somando US$2,32 bilhões (8,7% do total). O superavit do agronegócio nos meses de janeiro e fevereiro de 2018 foi de US$10,07 bilhões, sendo 6,9% superior ao mesmo período do ano passado (Figura 5).

Portanto, o comércio exterior brasileiro só não foi deficitário devido ao desempenho do agronegócio, uma vez que os demais setores, com exportações de US$21,89 bilhões e importações de US$24,29 bilhões, produziram no primeiro bimestre de 2018 um deficit de US$2,40 bilhões.

A participação do agronegócio nos totais do país diminuiu em termos das exportações (-2,7 pontos percentuais) e também com relação às importações (-1,6 ponto percentual) (Figura 6).

3 - DESEMPENHO DO ESTADO DE SÃO PAULO NO BRASIL

A participação paulista no total da balança comercial brasileira diminuiu nas exportações (-0,5 ponto percentual) e aumentou nas importações (+1,1 ponto percentual) (Figura 7).

Em relação ao agronegócio brasileiro, as exportações setoriais de São Paulo no primeiro bimestre de 2018 representaram 19,5%, percentual inferior aos dois primeiros meses de 2017 (-3,3% pontos percentuais), enquanto as importações representaram 36,2, percentual superior ao verificado no ano passado (+2,0 pontos percentuais) (Figura 8).

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1Estado produtor (Unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é aquele onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua forma final.

2Estado importador (Unidade da Federação importadora) é definido como aquele do domicílio fiscal do importador.

3Os grupos de produtos do agronegócio podem ser vistos em: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO - MAPA. Agrostat. Brasília: MAPA. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/portal/page/portal/Internet-MAPA/pagina-inicial/servicos-e-sistemas/sistemas/agrostat>.  Acesso em: mar. 2018.

Palavras-chave: agronegócio, balança comercial, exportações, importações, comércio exterior.