Preços agrícolas: estáveis na terceira quadrissemana de abril

            Os preços agrícolas tiveram redução de 0,05% na terceira quadrissemana de abril de 2004, com a perda de 0,28 ponto percentual em relação à quadrissemana anterior. Assim, o índice de preços recebidos (IPR) pelos agricultores manteve-se praticamente estável. A tabela abaixo mostra a evolução dos preços agrícolas desde a primeira quadrissemana de março.
 

Quadrissemana 
Variação dos Preços Agrícolas (%)
1ª quadrissemana / março
+0,12
2ª quadrissemana / março
-0,70
3ª quadrissemana / março
-1,02
4ª quadrissemana / mês de março
-0,43
1ª quadrissemana / abril
-0,35
2ª quadrissemana / abril
+0,23
3ª quadrissemana / abril
-0,05

            No gráfico seguinte, é possível visualizar o comportamento do IPR desde janeiro de 2004.

            Na terceira quadrissemana de abril, os preços agrícolas apresentaram as seguintes variações, por produto:
 

Produto
Variação quadrissemanal(%) 
Algodão
6,42
Amendoim
2,08
Arroz
0,45
Banana
11,43
Batata
-3,10
Café
-4,03
Cana-de-açúcar
-1,85
Cebola
2,22
Feijão
-15,48
Laranja
5,70
Milho
18,01
Soja
-1,46
Tomate
-35,29
Trigo
4,42
Aves
-6,40
Boi gordo
0,55
Leite
6,82
Ovos
-11,33
Suínos
2,40

Fonte: NBM/IEA

            O comportamento dos preços agrícolas, por grupo de produtos na terceira quadrissemana de abril, foi o seguinte:
 

Grupo
Variação % 
Grãos + café
4,17
Frutas
6,26
Olerícolas
-18,33
Produtos de Origem Vegetal
0,66
Produtos de Origem Animal
-1,33
Total do IPR
-0,05

Fonte: NBM/IEA

            Dos 19 produtos analisados, onze apresentaram crescimento no preço (algodão, amendoim, arroz, banana, cebola, laranja, milho, trigo, boi, leite e suínos), enquanto oito tiveram reduções (batata, café, cana-de-açúcar, feijão, soja, tomate, aves e ovos). O destaque de alta foi o preço do milho (+18,01%), enquanto a queda mais expressiva foi verificada no tomate (-35,29%).
            Entre os produtos de origem vegetal, o crescimento nos preços dos subgrupos de grãos e frutas, apesar da redução nos preços das olerícolas, fez com que o preço do grupo tivesse elevação de 0,66%. Já no segmento animal, o aumento nos preços de boi, leite e suínos não compensou o recuo nas cotações de aves e ovos, levando a uma queda de 1,33% no preço do grupo. O resultado foi a redução de 0,05% no índice geral (IPR).
            O preço do café voltou a recuar em função das recentes estimativas de maior produção brasileira, o que também afetou as cotações internacionais do produto. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

Data de Publicação: 27/04/2004

Autor(es): Nelson Batista Martin (nbmartin@uol.com.br) Consulte outros textos deste autor