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Balança Comercial dos Agronegócios Paulistas e Brasileiros de Janeiro a Julho de 2011
De janeiro a julho de 2011, as exportações do Estado de São Paulo1
somaram US$32,44 bilhões (23,1% do total nacional) e as
importações2, US$46,66 bilhões (37,5% do total nacional),
registrando um déficit de US$14,22 bilhões. Em relação ao mesmo período de 2010,
o valor das exportações paulistas cresceu 16,6% e o das importações, 25,7%, com
significativa elevação do déficit comercial (+53,2%) (Figura 1). Comparando-se
janeiro a julho de 2011 com o mesmo período de 2010, o aumento das exportações
paulistas (16,6%) ficou abaixo da média brasileira (31,5%), enquanto que nas
importações, o acréscimo também foi maior no Brasil (27,5%) do que em São Paulo
(25,7%). Assim, na conjunção dos desempenhos das exportações e importações, o
saldo da balança comercial paulista teve aumento do déficit enquanto que o da
brasileira apresentou saldos positivos crescentes. Figura 1 -
Balança Comercial,
Estado de São Paulo, Janeiro a Julho de 2011.
Os agronegócios paulistas também apresentaram exportações crescentes (16,7%),
atingindo US$12,40 bilhões, enquanto que as importações tiveram maior acréscimo
(34,7%), somando US$5,78 bilhões, com aumento de 4,4% no saldo comercial em
relação a janeiro a julho de 2010, atingindo US$6,62 bilhões3 (Figura
2). Há que se destacar que as importações paulistas nos demais setores -
exclusive os agronegócios - somaram US$40,88 bilhões para exportações de
US$20,04 bilhões, gerando um déficit externo desse agregado, de US$ 20,84
bilhões. Assim, conclui-se que o déficit do comércio exterior paulista só não
foi maior devido ao desempenho dos agronegócios estaduais, cujos saldos
mantiveram-se positivos. Figura 2 -
Balança Comercial dos
Agronegócios Estado de São Paulo, Janeiro a Julho de 2011.
A participação das exportações dos agronegócios paulistas no total do Estado se
manteve enquanto a participação das importações aumentou 0,8 ponto percentual na
comparação de janeiro a julho de 2011 com o mesmo período de 2010 (Figura
3).
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de
dados básicos da SECEX/MDIC.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a
partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$16,09 bilhões de
janeiro a julho de 2011, com exportações de US$140,56 bilhões e importações de
US$124,47 bilhões. Com isso houve aumento no saldo comercial (74,3%), em função
do crescimento das exportações (31,5%) maior do que a elevação das importações
(27,5%) (Figura 4). Nestes termos, os maiores preços internacionais das
commodities neste início de 2011 beneficiaram as vendas externas
brasileiras.
Figura 4 -
Balança Comercial,
Brasil, Janeiro a Julho de 2011.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de
dados básicos da SECEX/MDIC.
De janeiro a julho de 2011, as exportações dos agronegócios brasileiros
cresceram 21,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo US$53,78
bilhões (38,3% do total). Já as importações do setor elevaram-se em 45,1%,
também em comparação com janeiro a julho de 2010, somando US$17,90 bilhões
(14,4% do total). O superávit dos agronegócios de janeiro a julho de 2011 foi de
US$35,88 bilhões4, sendo 12,7% superior ao do mesmo período do ano
anterior (Figura 5). Portanto, o desempenho dos agronegócios sustentou a balança
comercial brasileira, uma vez que os demais setores, com exportações de US$
86,78 bilhões e importações de US$106,57 bilhões, produziram no período um
déficit de US$ 19,79 bilhões.
Figura 5 -
Balança Comercial dos
Agronegócios, Brasil, Janeiro a Julho de 2011.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de
dados básicos da SECEX/MDIC.
As participações dos agronegócios nos totais do País recuaram em termos das
exportações (-3,0 pontos percentuais) e aumentaram com relação às importações
(1,8 ponto percentual) (Figura 6).
Figura 6 -
Participação dos
Agronegócios na Balança Comercial, Brasil, Janeiro a Julho de
2011.
Fonte:
Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
A participação paulista no total da balança comercial brasileira caiu em termos
das exportações (-2,9 pontos percentuais) e também no tocante às importações
(-0,5 ponto percentual) (Figura 7).
Figura 7 -
Participação da
Balança Comercial Paulista no Total do Brasil, Janeiro a Julho de
2011.
Fonte:
Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da
SECEX/MDIC.
Em relação aos agronegócios brasileiros, as exportações setoriais de São Paulo
de janeiro a julho de 2011 representaram 23,1%, ou seja, 1,0 ponto percentual a
menos que no mesmo período em 2010, enquanto as importações representaram 32,3%,
sendo 2,5 pontos percentuais inferior à verificada no ano passado (Figura
8).
Figura 8 -
Participação do
Agronegócio Paulista no Brasileiro, Balança Comercial, Janeiro a Julho de
2011.
Fonte:
Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da
SECEX/MDIC.
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1Estado produtor (Unidade da Federação
exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é a Unidade
da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais
ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o
estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de
fabricação para que o produto adote sua forma final.
2Estado importador (Unidade da Federação importadora) é definido como a Unidade da Federação do domicílio fiscal do importador.
3Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit dos agronegócios paulistas foi de US$7,99 bilhões.
4Excluindo-se bens de capital e
insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit dos agronegócios
brasileiros foi de US$41,52 bilhões.
Palavras-chave: agronegócios, balança comercial, exportações,
importações.
Data de Publicação: 12/08/2011
Autor(es):
José Roberto Vicente (jrvicente@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
José Sidnei Gonçalves (sydy@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor