Os agronegócios paulistas também apresentaram exportações crescentes (27,5%), atingindo US$12,67 bilhões; conquanto as importações tenham mostrado maior acréscimo (31,3%), somando US$4,99 bilhões, ainda assim houve elevação de 25,1% no saldo comercial em relação a janeiro-agosto de 2009, atingindo US$7,68 bilhões³ (Figura 2). Há que se destacar que as importações paulistas nos demais setores - exclusive os agronegócios - somaram US$38,23 bilhões para exportações de US$19,99 bilhões, gerando um déficit externo desse agregado, de US$ 18,24 bilhões. Assim, conclui-se que o déficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho dos agronegócios estaduais, cujos saldos ainda se mantiveram positivos e crescentes.

            A participação das exportações dos agronegócios paulistas no total do Estado cresceu 1,3 ponto percentual enquanto a participação das importações reduziu-se 0,7 ponto na comparação do período de janeiro a agosto de 2009 com o de 2010 (Figura 3).

            A balança comercial brasileira registrou superávit de US$11,69 bilhões de janeiro a agosto de 2010, com exportações de US$126,10 bilhões e importações de US$114,69 bilhões. A queda no saldo comercial (-41,2%) aconteceu em função do aumento das exportações (28,8%) muito menor que a elevação das importações (46,6%) (Figura 4). Nestes termos, a valorização da moeda nacional incrementou aquisições externas em maior proporção que as vendas para o exterior.

            De janeiro a agosto de 2010, as exportações dos agronegócios brasileiros cresceram 14,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo US$51,81 bilhões (41,1% do total). Já as importações do setor elevaram-se em 26,1%, também em comparação com janeiro a agosto de 2009, somando US$14,31 bilhões (12,5% do total). O superávit dos agronegócios de janeiro a agosto de 2010 foi de US$37,50 bilhões⁴, sendo 10,3% superior ao do mesmo período do ano anterior (Figura 5). Portanto, o desempenho dos agronegócios sustentou a balança comercial brasileira, uma vez que os demais setores, com exportações de US$ 74,29 bilhões e importações de US$100,10 bilhões, produziram no período um déficit de US$ 25,81 bilhões.

            As participações dos agronegócios nos totais do País recuaram tanto em termos das exportações (-5,2 pontos percentuais) como em relação às importações (-2,0 pontos percentuais) (Figura 6).

            A participação paulista no total da balança comercial brasileira caiu em termos das exportações (-1,1 ponto percentual) e também no tocante às importações (-2,2 pontos percentuais) (Figura 7).
 

            Em relação aos agronegócios brasileiros, as exportações setoriais de São Paulo de janeiro a agosto de 2010 representaram 24,5%, ou seja, 2,6 pontos percentuais a mais que no mesmo período de 2009, enquanto as importações representaram 34,9%, sendo 1,4 ponto percentual superior à verificada no ano anterior (Figura 8).

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¹Estado produtor (Unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é a Unidade da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua forma final.

²Estado importador (Unidade da Federação importadora) é definido como a Unidade da Federação do domicílio fiscal do importador.

³Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit dos agronegócios paulistas foi de US$8,59 bilhões.

⁴Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit dos agronegócios brasileiros foi de US$41,08 bilhões.

Palavras-chave: agronegócios, balança comercial, exportações, importações.