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Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro ano de 2009
No
ano de 2009, as exportações do Estado de São Paulo1 somaram US$42,46
bilhões (27,8% do total nacional), e as importações2,
US$50,48 bilhões (39,5% do total nacional), registrando déficit de US$8,02
bilhões. Em relação ao ano de 2008, o valor das exportações paulistas recuou
25,9% e o das importações, 23,9%, reduzindo em 11,1% o déficit comercial (Figura
1). A queda nas exportações paulistas (-25,9%), comparando-se os anos de 2009 e
2008, ficou acima da diminuição média brasileira (-22,7%). Nas importações
ocorreu menor redução em São Paulo (-23,9%) do que no Brasil (-26,2%) revelando
maior rigidez das aquisições externas paulistas. Na conjunção das
performances das exportações e importações, em relação ao ano de 2008,
houve redução do déficit da balança comercial paulista (-11,1%), enquanto o
superávit da brasileira apresentou pequeno incremento
(+1,5%).
Figura 1 - Balança Comercial, Estado de São Paulo, Janeiro a Dezembro, de 2008 e 2009.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
Os agronegócios paulistas apresentaram exportações decrescentes (-5,9%), atingindo US$15,98 bilhões, enquanto as importações recuaram 19,0%, somando US$6,30 bilhões, com saldo de US$9,68 bilhões, superior (+5,1%) ao verificado no ano de 2008 (Figura 2). Em função disso, há que se destacar que as importações paulistas nos demais setores - exclusive os agronegócios - somaram US$44,18 bilhões para exportações de US$26,48 bilhões, gerando um déficit externo desse agregado, de US$17,70 bilhões no acumulado de janeiro a dezembro de 2009. Assim, conclui-se que o comércio exterior paulista seria bem mais deficitário não fosse o desempenho dos agronegócios estaduais.
Figura 2 - Balança Comercial dos Agronegócios, Estado de São Paulo, Janeiro a Dezembro, de 2008 e 2009.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
Detalhando a balança comercial dos agronegócios paulistas, verifica-se que as
cadeias de produção apresentaram saldos comerciais similares quando se compara
os anos de 2008 (US$ 11,22 bilhões) com o ano de 2009 (US$ 11,21 bilhões). Esses
indicadores são menores quando se considera toda amplitude das transações
setoriais, cujo saldo se eleva, passando de US$ 9,21 bilhões no ano de 2008 para
os US$ 9,68 bilhões em igual período de 2009. Essa queda deriva do menor déficit
na balança comercial de bens de capital e insumos de US$ 2,01 bilhões em 2008
para US$ 1,53 bilhão em 2009 (Tabela 1). Os bens de capital e insumos são
fundamentais para a modernidade da produção nacional, notadamente os
fertilizantes nos quais têm elevada dependência externa. Exatamente os menores
gastos com agroquímicos levaram à redução das importações e do déficit da conta
de bens de capital e insumos, que na maioria das vezes não são considerados nas
análises do comércio exterior setorial, levando a saldos setoriais
superestimados.
Tabela 1. - Estado de São Paulo - Detalhamento da Balança Comercial dos Agronegócios, Janeiro a Dezembro de 2008 e 2009 | |||||||||||
( US$
bilhão) | |||||||||||
Cadeias de Produção |
|
| |||||||||
Ano |
Exp. |
Imp. |
Saldo |
Exp. |
Imp. |
Saldo |
Exp. |
Imp. |
Saldo | ||
2008 |
15.99 |
4.77 |
11.22 |
1.00 |
3.01 |
-2.01 |
16.99 |
7.78 |
9.21 | ||
2009 |
15.30 |
4.09 |
11.21 |
0.68 |
2.21 |
-1.53 |
15.98 |
6.30 |
9.68 | ||
Fonte: IEA/APTA/SAA-SP, a partir dos dados básicos da SECEX/MDIC |
A participação das exportações dos agronegócios paulistas no total do Estado aumentou em 8,0 pontos percentuais, enquanto a participação das importações cresceu 0,8 ponto percentual, na comparação dos anos de 2008 e 2009 (Figura 3).
Figura 3 - Participação dos Agronegócios na Balança Comercial, Estado de São Paulo, Janeiro a Dezembro de 2008 e 2009.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
A balança comercial brasileira registrou
superávit de US$25,34 bilhões de janeiro a dezembro de 2009, com exportações de
US$152,99 bilhões e importações de US$127,65 bilhões. Esse superávit 1,5% maior
que do ano de 2008 ocorreu em função de queda nas exportações (-22,7%) inferior
à das importações (-26,2%) (Figura 4).
Figura 4 - Balança Comercial, Brasil, Janeiro a Dezembro de 2008 e 2009.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
No ano de 2009, as exportações dos agronegócios brasileiros reduziram-se em 11,3% em relação a igual período do ano anterior, atingindo US$67,56 bilhões (44,2% do total). Já as importações do setor recuaram 29,7%, também em comparação com o ano de 2008, somando US$18,53 bilhões (14,5% do total). O superávit dos agronegócios em 2009 foi de US$49,03 bilhões, 1,5% inferior ao de janeiro a dezembro do ano anterior (Figura 5). Portanto, o desempenho dos agronegócios sustentou a balança comercial brasileira, uma vez que os demais setores, com importações de US$ 109,12 bilhões e exportações de US$ 85,43 bilhões, produziram no período um déficit de US$ 23,69 bilhões.
Figura 5 - Balança Comercial dos Agronegócios, Brasil, Janeiro a Dezembro de 2008 e 2009.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
O
detalhamento da balança comercial dos agronegócios brasileiros mostra que os
saldos comerciais oriundos das transações externas das cadeias de produção
recuaram de US$ 59,98 bilhões no ano de 2008 para US$ 54,69 bilhões em igual
período de 2009. Esses valores são maiores que os resultados setoriais – US$
49,78 bilhões em 2008 e US$ 49,03 bilhões em 2009 - em função do déficit da
balança comercial de bens de capital e insumos que recuou de US$ 10,20 bilhões
no ano de 2008 para US$ 5,66 bilhões em 2009 (Tabela 2), reflexo da redução da
dependência externa dos agronegócios brasileiros - notadamente importações de
fertilizantes -, sendo que não considerar essas transações produz estimativas de
saldos comerciais setoriais superestimados.
Tabela 2. –Brasil - Detalhamento da Balança Comercial dos Agronegócios, Janeiro a Dezembro de 2008 e 2009 | |||||||||||
( US$
bilhão) | |||||||||||
Cadeias de Produção |
|
| |||||||||
Ano |
Exp. |
Imp. |
Saldo |
Exp. |
Imp. |
Saldo |
Exp. |
Imp. |
Saldo | ||
2008 |
72.97 |
12.99 |
59.98 |
3.17 |
13.37 |
-10.20 |
76.14 |
26.36 |
49.78 | ||
2009 |
65.70 |
11.01 |
54.69 |
1.86 |
7.52 |
-5.66 |
67.56 |
18.53 |
49.03 | ||
Fonte: IEA/APTA/SAA-SP, a partir dos dados básicos da SECEX/MDIC |
As participações dos agronegócios nos totais do País cresceram 5,7 pontos percentuais nas exportações e recuaram 0,7 ponto percentual nas importações (Figura 6).
Figura 6 - Participação dos Agronegócios na Balança Comercial, Brasil, Janeiro a Dezembro de 2008 e 2009
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
A
participação paulista no total da balança comercial brasileira caiu em termos
das exportações (-1,2 pontos percentuais) e aumentou no tocante às importações
(+1,1 pontos percentuais) (Figura 7).
Figura 7 - Participação da Balança Comercial Paulista no Total do Brasil, Janeiro a Dezembro de 2008 e 2009.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
Em relação aos agronegócios brasileiros, as exportações setoriais de São Paulo no ano de 2009 representaram 23,7%, ou seja, 1,4 ponto percentual a mais que em 2008, enquanto as importações representaram 34,0%, sendo 4,5 pontos percentuais superior à representatividade verificada no mesmo período do ano anterior (Figura 8).
Figura 8 - Participação do Agronegócio Paulista no Brasileiro, Balança Comercial, Janeiro a Dezembro de 2008 e 2009.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
Os cinco principais agregados de cadeias de produção nas exportações dos agronegócios paulistas no ano de 2009, foram: cana e sacarídeas (US$ 6,67 bilhões), bovídeos – bovinos (US$2,18 bilhão), frutas (US$ 1,79 bilhão), produtos florestais (US$1,76 bilhão), e agronegócios especiais (US$807 milhões). Esses cinco agregados representam 82,9% das vendas externas setoriais paulistas (Tabela 3).
Crescimento expressivo - na comparação de 2009 com 2008 – apresentou apenas a
exportação paulista de cana e sacarídeas (+27,6%), principal grupo das vendas
externas estaduais, em especial pelo aumento das vendas externas de açúcar
(+61,7%) indo de US$3,56 bilhões para US$5,76 bilhões, enquanto que as operações
com álcool recuaram 45,3% passando de US$ 1,67 bilhão para US$ 0,88 bilhão. Isso
representa mais uma prova de fogo para a política nacional de biocombustíveis
dado que, não apenas o álcool não se firmou como produto de exportação, como a
prioridade para a moagem de cana para produção de açúcar elevou os preços
internos do álcool combustível, mesmo em plena safra.
TABELA 3. Exportações dos Agronegócios, por Grupo de Mercadorias, São Paulo, Janeiro a Dezembro de 2008 e 2009. | ||||||
Grupos |
|
|
||||
US$
milhão |
% |
US$
milhão |
% |
Var
% | ||
Têxteis |
281 |
1,66 |
227 |
1,42 |
-19,38 | |
Bovídeos – bovinos |
3.332 |
19,61 |
2.218 |
13,88 |
-33,44 | |
Pescado |
14 |
0,08 |
12 |
0,08 |
-9,75 | |
Café e estimulantes |
704 |
4,14 |
607 |
3,80 |
-13,80 | |
Cana e sacarídeas |
5.230 |
30,78 |
6.673 |
41,75 |
27,60 | |
Frutas |
2.145 |
12,62 |
1.755 |
10,98 |
-18,17 | |
Olerícolas |
20 |
0,12 |
19 |
0,12 |
-5,77 | |
Flores e ornamentais |
28 |
0,16 |
26 |
0,17 |
-4,60 | |
Cereais/leguminosas/oleaginosas |
872 |
5,13 |
723 |
4,52 |
-17,07 | |
Produtos florestais |
1.914 |
11,27 |
1.794 |
11,23 |
-6,25 | |
Suínos e aves |
570 |
3,35 |
435 |
2,72 |
-23,65 | |
Fumo |
2 |
0,01 |
1 |
0,01 |
-41,06 | |
Agronegócios especiais |
880 |
5,18 |
807 |
5,05 |
-8,29 | |
Bens de capital e insumos |
998 |
5,88 |
685 |
4,28 |
-31,42 | |
Agronegócios |
16.990 |
100,00 |
15.983 |
100,00 |
-5,93 | |
Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC. |
Houve redução em todos os demais grupos, em especial em itens expressivos da pauta como bovinos-bovídeos (-33,4%), frutas (-18,2%), cereais/leguminosas/oleaginosas (-17,1%), agronegócios especiais (- 8,3%), produtos florestais (-6,3%), suínos e aves(-23,7%)e bens de capital e insumos (-31,4%) (Tabela 3).
Em âmbito nacional, os cinco principais agregados de cadeias de produção nas exportações dos agronegócios foram: cereais/leguminosas/oleaginosas (US$ 19,53 bilhões); cana e sacarídeas (US$9,75 bilhões), produtos florestais (US$ 7,47 bilhões), bovídeos - bovinos (US$ 7,30 bilhões) e suínos e aves (US$ 7,03 bilhões). Essas cadeias totalizam 75,6% das vendas externas dos agronegócios brasileiros (Tabela 4).
No
ano de 2009, comparados com 2008, apenas tiveram crescimento significativo as
exportações brasileiras de cana e sacarídeas (+23,3%) e fumo (+10,7%). Nos
demais grupos ocorreu queda, inclusive no principal item da pauta representado
pelos cereais/leguminosas/ oleaginosas (-5,8%), em decorrência da redução das
exportações de óleo de soja (-53,8%) indo de US$ 2,68 bilhões para US$ 1,24
bilhão e de grão de milho (-7,2%) indo de US$ 1,46 bilhão para US$1,35 bilhão,
compensadas em parte pelas maiores vendas de soja em grão (+4,4%) indo de US$
15,35 bilhões para US$ 16,03 bilhões, destinadas principalmente para a China.
Nos demais itens houve diminuições: bens de capital e insumos (-41,3%), pescado
(-27,6%), bovídeos - bovinos (-27,2%), produtos florestais (-22,3%), têxteis
(-20,1%), frutas (-17,7%), suínos e aves (-17,4%), café e estimulantes (-10,3%)
agronegócios especiais (-10,0%), olerícolas (-9,6%) e flores e ornamentais
(-5,2%) (Tabela 4.)
TABELA 4. Exportações dos Agronegócios, por Grupo de Mercadorias, Brasil, Janeiro a Dezembro de 2008 e 2009. | ||||||
Grupos |
|
|
||||
US$
milhão |
% |
US$
milhão |
% |
Var
% | ||
Têxteis |
1.922 |
2,52 |
1.534 |
2,27 |
-20,15 | |
Bovídeos – bovinos |
10.029 |
13,17 |
7.301 |
10,81 |
-27,20 | |
Pescado |
277 |
0,36 |
200 |
0,30 |
-27,90 | |
Café e estimulantes |
5.219 |
6,85 |
4.684 |
6,93 |
-10,26 | |
Cana e sacarídeas |
7.909 |
10,39 |
9.754 |
14,44 |
23,33 | |
Frutas |
3.288 |
4,32 |
2.705 |
4,00 |
-17,71 | |
Olerícolas |
196 |
0,26 |
177 |
0,26 |
-9,64 | |
Flores e ornamentais |
41 |
0,05 |
39 |
0,06 |
-5,15 | |
Cereais/leguminosas/oleaginosas |
20.732 |
27,23 |
19.530 |
28,91 |
-5,80 | |
Produtos florestais |
9.613 |
12,62 |
7.467 |
11,05 |
-22,33 | |
Suínos e aves |
8.521 |
11,19 |
7.036 |
10,42 |
-17,42 | |
Fumo |
2.752 |
3,61 |
3.046 |
4,51 |
10,68 | |
Agronegócios especiais |
2.470 |
3,24 |
2.224 |
3,29 |
-9,96 | |
Bens de capital e insumos |
3.173 |
4,17 |
1.861 |
2,76 |
-41,33 | |
Agronegócios |
76.141 |
100,00 |
67.558 |
100,00 |
-11,27 | |
Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC. |
Nas
exportações dos agronegócios paulistas, quando se compara os resultados para os
anos de 2008 e 2009, apenas os produtos semi-manufaturados apresentaram aumento
(+37,9%), ocorrendo quedas tanto para os manufaturados (-15,5%) quanto para os
básicos (-20,9%). Os produtos manufaturados apresentam a maior participação nas
vendas externas (52,8%) totalizando US$ 8,45 bilhões (Tabela
5).
TABELA 5. Exportações dos Agronegócios por Fator Agregado, São Paulo, Janeiro a Dezembro de 2008 e 2009. | ||||||
|
|
|||||
Produtos |
US$
bilhão |
% |
US$
bilhão |
% |
Var
% | |
Básicos |
3.60 |
21,18 |
2.85 |
17,8 |
-20,9 | |
Semi-manufaturados |
3.40 |
20,02 |
4.69 |
29,3 |
37,9 | |
Manufaturados |
9.99 |
58,80 |
8.45 |
52,8 |
-15,5 | |
AGRONEGÓCIOS |
16.99 |
100,00 |
15.98 |
100,0 |
-5,9 |
Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
No caso dos agronegócios brasileiros, ainda que com menor perfil de agregação de valor em relação a São Paulo, houve queda nas vendas de produtos básicos (-5,5%) e nas dos produtos semi-manufaturados (-3,0%), conquanto mais acentuadas nos produtos manufaturados (-25,7%) revelando uma característica da crise mundial de afetar mais economias industrializadas, não consistindo em mérito da ótica do processo de desenvolvimento o argumento do menor efeito sobre a economia brasileira dados os impactos na estrutura industrial. Os produtos básicos totalizando US$ 37,64 bilhões no ano de 2009 mostram maior participação nas vendas externas setoriais (55,7%) (Tabela 6).
Esses
indicadores mostram as diferenças estruturais dos agronegócios paulistas no
contexto nacional, uma vez que 55,7% do valor das exportações brasileiras dos
agronegócios no ano de 2009 corresponderam, em nível nacional, a produtos
básicos. Em São Paulo, os produtos básicos representam apenas 17,8% e a
participação de produtos industrializados dos agronegócios se mostra muito maior
(82,2%), evidenciando índices superiores de agregação de valor (Tabelas 5 e
6).
TABELA 6. Exportações dos Agronegócios por Fator Agregado, Brasil, Janeiro a Dezembro de 2008 e 2009. | ||||||
|
|
|||||
Produtos |
US$
bilhão |
% |
US$
bilhão |
% |
Var
% | |
Básicos |
39.83 |
52,3 |
37.64 |
55,7 |
-5,5 | |
Semi-manufaturados |
12.97 |
17,0 |
12.57 |
18,6 |
-3,0 | |
Manufaturados |
23.34 |
30,7 |
17.35 |
25,7 |
-25,7 | |
AGRONEGÓCIOS |
76.14 |
100,0 |
67.56 |
100,0 |
-11,3 |
Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
A
quantidade exportada de produtos dos agronegócios brasileiros foi reduzida em
2,9% no ano de 2009, quando comparada com 2008, enquanto a quantidade exportada
pelo Estado de São Paulo teve queda de 2,7%. Os preços dos produtos exportados
pelos agronegócios caíram 8,7% em nível nacional e 3,8% no âmbito de São Paulo
(Tabela 7).
TABELA 7. Variações Percentuais dos Índices de Quantidade e de Preço das Exportações de Produtos dos Agronegócios, Brasil e Estado de São Paulo, Janeiro a Dezembro de 2009 em relação a igual período de 2008(1). | |||||
Setor |
|
| |||
|
|
|
| ||
Agronegócios |
-2,9 |
-8,7 |
-2,7 |
-3,4 | |
Agronegócios exc. Bens de capital/insumos |
-0,6 |
-9,4 |
-0,6 |
-3,8 | |
(1) Variações em relação a igual período do ano anterior, baseadas em índices calculados pela fórmula de Fisher. |
Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
Entre
as categorias de uso, observa-se que matérias-primas e produtos intermediários
foi o grupo predominante no ano de 2009, representando 62,6% do valor total de
exportações nacionais de mercadorias dos agronegócios. No caso do Estado de São
Paulo, esse grupo também predomina com 54,8% do valor total (Tabela
8).
TABELA 8. Exportações dos Agronegócios por Categoria de Uso, Brasil e Estado de São Paulo, Janeiro a Dezembro de 2009. | |||||||
Categorias de Uso |
|
|
SP/BR | ||||
US$
mil |
% |
US$
mil |
% |
% | |||
Bens de capital |
1.418.985 |
2,1 |
494.934 |
3,1 |
34,9 | ||
Bens de consumo |
23.864.141 |
35,3 |
6.720.987 |
42,1 |
28,2 | ||
Matérias-primas e produtos intermediários |
42.274.725 |
62,6 |
8.766.756 |
54,8 |
20,7 | ||
Agronegócios |
67.557.851 |
100,00 |
15.982.677 |
100,0 |
23,7 |
Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
____________________________________________________________________________
1Estado produtor (Unidade da
Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é a
Unidade da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os
minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste
último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do
processo de fabricação para que o produto adote sua forma
final.
2Estado importador (Unidade da Federação importadora) é definido como a Unidade da Federação do domicílio fiscal do importador.
Palavras-chave: agronegócio, balança comercial, exportações, importações.
Data de Publicação: 18/01/2010
Autor(es):
José Sidnei Gonçalves (sydy@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
José Roberto Vicente (jrvicente@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor